Enrolada na bandeira brasileira, a holandesa Carolijn Brouwer, 41 anos, roubou a cena na chegada do Team SCA em Itajaí nesta terça-feira pela Volvo Ocean Race. A atleta, que morou no país durante 13 anos, foi uma das mais aplaudidas pelo público na Vila da Regata. Falando português fluente, a velejadora afirmou que foi um momento muito especial desembarcar no Brasil, que considera sua casa.
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Depois de 22 dias enfrentando ondas de oito metros e ventos de até 50 nós, a atleta relatou os momentos de tensão vividos pelo grupo. Um deles foi quando o barco quase virou duas vezes e as tripulantes precisaram ser rápidas para consertar o erro. De acordo com Carolijn, a experiência foi muito dura para todas.
– Sofremos muito lá fora, quebramos muita coisa e ao mesmo tempo você tem que consertar, enfrentando mares enormes, ventos fortes e o frio, que nos deixa muito cansadas. O mais difícil é enfrentar condições que você nunca esteve antes e não pode treinar – conta.
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A atleta explica ainda que a equipe acabou ficando para trás depois que explodiu uma vela importante e precisou usar uma menor e mais lenta. Para a velejadora, não são todas as mulheres que conseguem enfrentar os desafios da regata e as condições dentro do veleiro.
– Você não tem banho, não tem chuveiro e mora com 12 mulheres num barco de 65 pés de 25 a 30 dias. Para poder fazer isso você tem que ser um pouco especial. Mas o mais importante é que a gente é profissional, a gente quer ganhar dos homens e quer chegar em Itajaí em primeiro lugar. Não conseguimos, mas estamos buscando esse objetivo – destaca.
Carolijn diz ainda que tudo vale a pena quando ela encontra o filho na chegada de cada etapa:
– É por isso que eu faço isso. É uma coisa muito dura deixar a família, mas eu ponho foco e concentração na chegada, que é um momento inesquecível. Você não pode baixar a cabeça, tem que fazer isso junto com as outras. É juntas que vamos conseguir, é especial o que temos.
A partir de agora a atleta e as companheiras do Team SCA pretendem relaxar e aproveitar o período de folgas curtindo as praias da região.
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– Agora quero relaxar, comer uma feijoada e tomar uma caipirinha. Está fazendo calor, então vamos aproveitar a praia e a boa comida de Itajaí – afirma.