O sargento que teve a casa atingida por três disparos de arma de fogo na noite de segunda-feira, dia 29, em Chapecó, acredita que o fato tem relação com a onda de ataques que está acontecendo desde a noite do dia 26/9, em Santa Catarina.
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– Não é isolado, tem a ver com a onda, sim – disse o policial.
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Ele estava em casa, de folga, quando por volta das 23h40min do dia 29/9, dois homens passaram com uma moto e dispararam contra a casa. Um dos tiros chegou a atingir de raspão o policial, que estava no sofá. Os outros dois tiros atingiram o banheiro e o quarto do filho do policial, que estava dormindo.
O sargento acredita que a ação tenha partido de algum comando de dentro da Penitenciária de Chapecó. Há menos de um mês a casa do policial já tinha sido alvejada.
– Acredito que é por minha casa ser mais aberta e eu ser conhecido – disse o sargento.
Ele já se mudou com a mulher e o filho para outro local, fora da cidade.
Comando da PM acredita que caso é diferente
O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Chapecó, tenente-coronel Júlio César Pozo da Fonseca, disse que a família do policial está sendo protegida e que o ambiente em que vive está sendo monitorado. No entanto o comandante disse que não dá para afirmar que o fato tem relação com os demais ataques no Estado.
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– Não está comprovado nenhum vínculo entre esse fato e e os outros ataques – afirmou o tenente coronel.
Ele afirmou que o sargento vítima do ataque é um profissional competente e que por sua ações deve ter gerado desafetos.
– Eles devem ter se aproveitado do momento para dar uma demonstração de força – avaliou Fonseca.
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O comandante da Polícia Militar disse que nos últimos meses houve uma ação mais forte no combate a usuários de drogas o que reduziu o número de roubos de 52, em junho, para 32, em setembro. O número de furtos também caiu de 124 para 75 no mesmo período.
Fonseca disse que as equipes inteligência estão atuando e que algumas medidas preventivas foram adotadas. Uma delas é ser mais criterioso no recebimento das ocorrências na Central de Operações.
– Temos que evitar um possível engodo para nos desviar a atenção – explicou o comandante.
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Os policiais que estão de folga também foram colocados de sobreaviso.
– Em 40 minutos podemos mobilizá-los para o atendimento de qualquer ocorrência – afirmou o comandante, que ressalta que os policiais do efetivo normal estão atentos para qualquer ocorrência.