Se você muda o canal da televisão quando começa o horário político por achar que não agrega nada a sua vida, é bom repensar. A propaganda eleitoral não deve ser encarada como pedra no sapato: é por meio dela que todos os cidadãos têm assegurado o direito de conhecer candidatos e propostas, e isso é fundamental para a democracia.
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– A propaganda é um elemento essencial no processo democrático, porque permite que os cidadãos intervenham na política de forma mais qualificada, votando melhor porque estão mais bem informados – esclarece o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB Santa Catarina, o advogado Marcelo Peregrino Ferreira.
O entendimento, por parte de muitos eleitores, de que a propaganda é desinteressante ou inútil contribui para que, ano a ano, ela seja cada vez mais enxugada, assim como o tempo de campanha daqueles que concorrem aos cargos eletivos. E, quanto menor o período em que o cidadão pode ter acesso às propostas e às ideias dos candidatos, menos chance terá de se informar antes de votar.
Vale lembrar que a propaganda não se restringe ao horário político na televisão e no rádio, mas a qualquer atuação do candidato que tenha o objetivo de divulgar sua campanha – de santinhos a alto-falantes, tudo regulamentado por lei.
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– A diminuição da propaganda favorece as candidaturas já consolidadas, por exemplo, de parlamentares eleitos anteriormente, levando à perpetuação dos mesmos grupos no poder – complementa Ferreira.
Por isso, antes de trocar o canal e abrir mão do seu direito, lembre-se de que o voto é seu maior trunfo para mudar a forma como sua cidade é governada. Afinal não adianta esperar pela mudança se todos continuarem a fazer igual.
SOBRE A CAMPANHA
A campanha multimídia Vote Consciente é uma iniciativa liderada pelo Diário Catarinense e pela OAB Santa Catarina, com a adesão dos demais veículos da RBS no Estado, e que tem o objetivo de alertar o eleitor catarinense sobre o papel decisivo de cada um na decisão que sai das urnas.
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Com a proximidade de mais uma eleição municipal, em 2 de outubro deste ano, a campanha bate forte na tecla da responsabilização do eleitor, convocando todos os cidadãos a refletirem sobre a maneira como encaram a política em suas cidades, no Estado e no país.
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