Abalado pela derrota diante do russo Khabib Nurmagomedov, Thiago Tavares atendeu a reportagem do DC, neste domingo, enquanto aguardava no aeroporto de São Paulo para retornar a Florianópolis. Por telefone, o lutador revelou que foi surpreendido, mas garantiu que o sonho de ser campeão do UFC continua.
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Diário Catarinense – Como você avalia a luta?
Thiago Tavares – Não tem que avaliar, eu estava fazendo tudo como começou a luta, procurando achar a distância e não estava encontrando. Eu estava tentando afogar ele na grade enquanto tentava encontrar a distância e ele entrou um gancho e eu caí nocauteado. Não tem enredo em relação a isso. Virtude do meu adversário e fui nocauteado
DC – A vitória seria um divisor de águas na tua carreira, como reverter a derrota?
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Thiago – Boa pergunta. Agora eu só quero voltar para casa, voltar para Florianópolis, ficar com a minha família, ficar com meus amigos. Depois quando tudo isso baixar eu vou rever a luta e fazer um novo plano da minha carreira. Vamos ver como a gente vai dar a volta por cima.
DC – Você vinha de uma crescente e foi derrotado no Brasil. Como te abalou?
Thiago – Eu nunca soube perder, não sei perder. Eu tenho muito orgulho de ser de Florianópolis, não existe outro lutador de Florianópolis no UFC ainda. E nem de Santa Catarina. O Cigano nasceu aqui, mas luta pela Bahia. Eu luto porque eu quero que as pessoas voltem a ter orgulho que eu tenho de ser manezinho, como era na época do Guga, que as pessoas tinham orgulho em dizer que eram de Florianópolis. Isso foi o que me deixou triste, eu não conseguir botar mais uma vez o nome da minha Ilha no topo. Cada vitória que eu conquistei eu voltava para Florianópolis as pessoas tinham mais orgulho por eu ter gritado Floripa no UFC. E por isso que eu fiquei tão triste, dessa vez eu não consegui gritar Floripa no final.
DC – O sonho de lutar pelo cinturão continua?
Thiago – É um sonho de criança e ele estava perto, tanto que meu adversário vai lutar contra o número dois do mundo, que é o Nate Díaz. Então se eu tivesse vencido era eu que estaria lutando. É um sonho que estava próximo, mas agora é retomar o trabalho e seguir buscando ele com todas as forças. Fazer o possível e o impossível para chegar. Agora o que eu tenho para fazer é trabalhar.
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DC – Quando vai voltar aos treinos?
Thiago – Não consigo ficar muito tempo parado. Essa semana eu já estou malhando, é a minha rotina. Eu gosto disso.