Para especialista, os planos Diretor e o de Mobilidade Urbana devem ser discutidos simultaneamente. Ele cobra ações de infraestrutura e fiscalização para garantir aplicação do projeto. Continua depois da publicidade
DC – Que pontos críticos os especialistas avaliam?
Vieira – Para nós é muito importante e não nos foram apresentadas as diretrizes do Plano de Mobilidade. E a prefeitura não está dialogando com o Estado. Questionamos o fator metropolitano, se fazer licitação do transporte sem estar integrado aos municípios não seria um erro. O Plano de Mobilidade Urbana deve ser dialogado concomitantemente com o Plano Diretor, porque a mobilidade também estrutura e organiza o uso e ocupação do solo, quando tem formas de ir e sair de um ponto onde haverá construção. Continua depois da publicidade
DC – A prefeitura garante que a prioridade agora é o pedestre e os espaços para lazer. Como fazer isso?
Vieira – Precisa oferecer também ações que viabilizem esse desejo de tornar a cidade mais humana. Elementos que vão fazer com que você migre do seu automóvel para o transporte coletivo ou transporte não motorizado. Se tem transporte com frequência, qualidade e segurança para se deslocar da residência ao trabalho você vai fazer a opção por aquele que der maior conforto e benefício financeiro.
DC – E o que é necessário para o Plano Diretor ser aplicado na íntegra?
Vieira – O plano está querendo mais ser aprovado para ter um instrumento legal. Hoje a fiscalização está se dando por denúncia. Caso contrário, ninguém faz aquela fiscalização preventiva. Mas temos impressão também que não adianta ter um excelente plano se não houver fiscalização.