O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), não acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) interferirá no Legislativo durante o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, iniciado nesta quarta-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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– Na nossa avaliação, foi cumprido o rito constitucional. O presidente Eduardo Cunha arquivou mais de 30 proposições e não houve contestação. Por isso, não acredito que o Supremo interferirá no processo legislativo interno – afirmou.

“Presidente mentiu em rede de televisão”, diz Eduardo Cunha

Aécio voltou a cobrar cuidado no trâmite do processo de impeachment na Câmara e no Senado, sem atropelo de prazos, mas criticou possíveis manobras do governo para atrasar o encaminhamento da proposta no Congresso.

– Não podemos aceitar postergações e adiamentos – comentou Aécio.

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Leia a íntegra do pedido de impeachment de Dilma aceito por Cunha

O senador participou da convenção nacional do Democratas que reelegeu José Agripino (DEM-RN) e, durante o discurso, lembrou as coligações feitas entre o PSDB e DEM, entre elas a das eleições passadas e avaliou que o partido “dentro de pouco tempo estará conosco governando o país.

O que levou Cunha a abrir o processo de impeachment de Dilma

Indagado sobre quanto tempo essa parceria poderia ocorrer, em um possível cenário de impeachment de Dilma, Aécio relatou que o calendário prevê eleições presidenciais em 2018, mas admitiu:

– Obviamente, isso pode de alguma forma ser antecipado. E estaremos juntos (PSDB e DEM) para construir projeto de país que não é o do PT e não é do PMDB – concluiu.