Os movimentos são precisos, e a habilidade na água é perceptível até para os leigos. No vai e vem entre as raias da piscina, a jovem Izabela Dias Souza, 17, de São José, escreve uma nova trajetória para sua vida marcada por uma síndrome rara, Síndrome de Hughes, que aos sete anos fez com que perdesse as pernas e um braço.
Continua depois da publicidade
Na primeira vez que caiu na água a menina percebeu a facilidade que tinha. A natação que começou como fisioterapia, em pouco tempo se tornou um hobby e hoje é encarada com profissionalismo por Izabela. Não demorou muito para que conhecesse o treinador Fladimir Klein – que já formou um campeão mundial paralímpico – e os treinos se intensificaram. Vieram as competições, e em menos de um ano 12 medalhas de ouro. O experiente treinador elogia a dedicação da atleta, e vê muito potencial, já que a evolução foi muito rápida:
– Fazemos um treino puxado, mas ela é muito dedicada, e realmente gosta de nadar, faz com prazer – ressalta Klein.
Dentro da água, Izabela se sente livre, e esquece as limitações que a falta dos membros lhe causam. Respira fundo, conta o tempo, e a cada treino dá o seu melhor. Com a voz meiga, a adolescente diz que ainda precisa melhorar:
Continua depois da publicidade
– Meu sonho é continuar nadando. Preciso baixar o meu tempo nos 50 metros para 44 segundos, hoje faço em 47. Em uma competição não me classifiquei por centésimos de segundo, e isso faz muito diferença na natação – conta.
Assista ao vídeo:
Falta patrocínio para as competições
Além das dificuldades da vida cotidiana, Izabela e a família enfrentam a falta de apoio para a menina seguir competindo. Ela conta com uma bolsa de cerca de R$ 800 da Prefeitura de São José – município que defende nas competições -, mas o dinheiro cobre somente as despesas com academia, material e o combustível para o pai levá-la da casa da família, na Coloninha, até a piscina de treinos, em Jurerê. A mãe é artesã, e atualmente o pai está na perícia do INSS por um problema de saúde.
Em agosto Izabela está inscrita em uma competição nacional em São Paulo, que poderá projetá-la para o Comitê Paralímpico, mas a participação ainda não está garantida pois falta dinheiro para custear as despesas com passagens, hospedagem e alimentação dela e do técnico.
Continua depois da publicidade
O pai, Adarildo de Souza, explica que existe um calendário de competições, mas sem patrocínio fica difícil participar de todas e melhorar o índice:
– A gente vai dando um jeito, mas se tivesse um patrocinador não seria tão difícil em cada competição, e minha esposa poderia ir junto para ajudar também – finaliza.
Quer ajudar a Izabela a continuar nadando?
Entre em contato com a família: (48) 8466 6508 / 8466 6491 / 9914 2305