Jair Bolsonaro (PL) negou, na segunda-feira (25), qualquer envolvimento na trama do golpe de Estado ou participação no plano de assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Bolsonaro também afirmou que não se pode punir o que chamou de “crime de opinião”.
— Essa história de assassinato de autoridades, no meu entender, foi jogado. Não cola isso daí. Não sou jurista, quando começa um crime ou termina. No meu entender, nada foi iniciado. Não podemos começar agora a querer punir um crime de opinião — afirmou o ex-presidente, em entrevista a jornalistas no aeroporto de Brasília, ao desembarcar de Alagoas.
O ex-presidente foi indiciado na semana passada pela Polícia Federal (PF) com outras 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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Outras declarações
Na mesma entrevista, Bolsonaro também afirmou que nunca debateu golpe com ninguém.
— Nunca debati golpe com ninguém. Se alguém viesse falar de golpe comigo, eu perguntaria: “E o after day [dia seguinte]? Como a gente fica perante o mundo? […]” Agora, todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei — complementou.
Para Bolsonaro, falar em golpe é uma “loucura”.
— Vamos supor até que eu fizesse essa loucura. Como é que fica o Brasil no dia seguinte? O mundo levantaria barreiras contra a gente, vira um inferno aqui. Ninguém quer isso daí. É uma loucura falar em golpe, meu Deus do céu, uma loucura. Golpe com militares da reserva e cinco da ativa? Pelo amor de Deus! E outra coisa. Golpe existe em cima de uma autoridade constituída, que já tomou posse. O Lula já tinha tomado posse? Só se fosse em cima de mim o golpe — argumentou.
*Com informações do g1 e do Uol
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