Ninguém nasce professor, muito menos vocacionado para ser professor. Toda profissão é tecida no percurso da vida e da história. Entretanto, existem aqueles docentes que fazem do magistério opção de vida.

Continua depois da publicidade

São pessoas que reconhecem a docência, na educação básica e na educação superior, como compromisso existencial e político e, mesmo diante de tantas dificuldades e contradições, ficam felizes no exercício de compartilhar os saberes.

O professor que escolheu a carreira como possibilidade de construção de um mundo menos feio e mais humano está sempre na luta por melhores condições salariais e de trabalho. Mas é imperioso afirmar que este mesmo professor está também no espaço educativo em que trabalha fazendo o melhor que pode com as condições possíveis para que a aprendizagem ocorra.

Somos por excelência profissionais do ensino, mas a nossa grande meta é sempre a aprendizagem. Por isso, todo ato educativo é sempre intencional. Isso torna o professor alguém que deve ser devidamente qualificado para compartilhar saberes e propiciar situações de aprendizagem da educação infantil à pós-graduação. Como não ficar feliz quando um bebê olha profundamente para nós? É uma alegria enorme ver crianças que criam diferentes estratégias nos parques infantis para que os docentes entrem também nas brincadeiras.

Continua depois da publicidade

Que sensação tem um professor quando uma criança, um jovem, adulto ou idoso escreve e lê a sua primeira palavra no processo de alfabetização? Alguém é capaz de descrever tamanha conquista?

São por essas razões, entre outras, que nós, docentes, queremos ser reconhecidos como tais. Não temos nenhum dom especial, não temos nenhuma missão sagrada. Somos profissionais da educação. Estudamos muito, aprendemos sempre e fazemos da docência um instrumento para compartilhar saberes e fazeres.