Logo na disputa do seu primeiro Campeonato Brasileiro, o Joinville coseguiu se classificar para a segunda fase e chegou a ficar a apenas uma vitória de avançar para a etapa final. O problema é que esta última partida seria contra o gigante Vasco da Gama. Pior ainda: seria em São Januário, no Rio de Janeiro.
Continua depois da publicidade
>> Leia mais notícias sobre o Joinville.
O clube carioca não era um desconhecido do Tricolor. No ano anterior, o Joinville tinha feito o seu jogo de estreia – após a fusão entre Caxias e América – justamente contra o Cruzmaltino e empatou por 1 a 1.
O Vasco tinha muitos craques em sua equipe, mas a primeira lembrança que Fontan, ex-jogador do JEC, tem daquela partida é bastante peculiar. Ele recorda que a camisa tricolor do Joinville foi motivo de piada por parte de João Saldanha, ex-treinador de futebol e jornalista.
Continua depois da publicidade
– O Joinville não era muito conhecido. O João Saldanha estava comentando a partida para uma rádio e se espalhou o boato de que ele teria dito que a camisa do JEC era muito estranha.Falou que se a mulher dele vestisse algo parecido ele não iria sair com ela – recorda Fontan, achando graça do inusitado.
Se a camisa do Tricolor não era capaz de impor respeito na época, do futebol, pelo menos, não se pode dizer a mesma coisa. Está certo que o Vasco foi melhor, mas o Joinville fez o que pôde para jogar de igual para igual e arrancar o empate por 1 a 1.
Roberto Dinamite abriu o placar aos 19 minutos do primeiro tempo. No vacilo da zaga do JEC, que deixou o artilheiro dominar livre dentro da área, ele chutou de bico, sem chance para Raul Bosse. Mas o JEC contou com a inspiração de Taquito para empatar. Aos 30, ele driblou três zagueiros antes de arrematar para a rede.
Continua depois da publicidade
O placar não se alterou mais. E o JEC ficou a apenas um ponto de avançar para a fase final.