O blumenauense Tiago Splitter, pivô da Seleção Brasileira masculina de basquete e do Atlanta Hawks (time da liga norte-americana de basquete) decidiu fazer uma cirurgia no quadril e vai se afastar das quadras por oito meses. O procedimento ocorrerá no próximo dia 25, em Nova York, com dois especialistas.
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Dessa forma o blumenauense de 31 anos está fora da sequência da temporada da NBA e muito provavelmente não defenderá o Brasil dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. Por e-mail, Splitter falou ao Santa sobre a decisão de passar por cirurgia, de como planeja a recuperação, da frustração por estar praticamente de fora da Olimpíada no Brasil e como está enfrentando esse momento.
Confira na entrevista a seguir:
Esse problema no quadril vinha lhe incomodando desde o início da temporada e o afastou de diversos jogos. A opção por cirurgia é sempre o último recurso dos atletas, que costumam procurar diversos especialistas até tomar uma decisão. É verdade que um dos especialistas lhe recomendou operar ou parar de jogar?
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Nós atletas convivemos com dores. Mas uma coisa é uma dor suportável, outra já é agonizar de dor quando você está fora da quadra, no seu lar ou até dirigindo. Resolvi operar porque é a única solução que me davam para viver e jogar sem dor. Dessa forma não poderia continuar.
A cirurgia está marcada para o próximo dia 25. Você fará o procedimento nos Estados Unidos, no Brasil ou em algum outro lugar?
A cirurgia será feita em Nova York, com os doutores Edwan Su e Bryan Kelly, dois grandes especialistas de quadril.
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O período estimado de recuperação é, a princípio, de oito meses. Além da sequência da temporada da NBA, você fica praticamente fora dos Jogos Olímpicos do Rio. Como você está lidando com isso, com a possibilidade de não disputar uma Olimpíada no Brasil?
O período de recuperação, a principio, é de oito meses. É claro que estou otimista e quero melhorar e recuperar esse quadril o quanto antes. Consequentemente estou fora do resto da temporada e muito provavelmente das Olimpíadas. Talvez com algum milagre posso estar (em quadra), mas acho difícil mesmo. Na minha cabeça tenho que deixar 0,01% de possibilidade, até pela minha saúde mental.
Onde fará a recuperação? Pretende passar algum tempo com a família, em Blumenau?
Depois da cirurgia tenho que permanecer uma semana em Nova York internado no hotel e depois já posso voltar a Atlanta, onde realizarei o resto da minha recuperação. Ainda é cedo para saber quando vou ser liberado para viajar para o Brasil.
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O nascimento da Sofia, sua segunda filha, na última semana, vai ajudar a enfrentar as dificuldades da recuperação, em especial pelo lado emocional e psicológico?
Com certeza. Já está sendo uma força enorme. Estar com ela me deixa tranquilo e me faz esquecer, pelo menos por instantes, o que vem pela frente.