O futuro econômico da Irlanda está nas mãos de 3 milhões de eleitores, que votarão ao longo desta quinta-feira no referendo que pergunta se deve ser aprovado um pacote de medidas de austeridade para o Orçamento do país.
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As medidas foram negociadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia. Em outros países, como a Grécia, a Espanha e a Itália, as medidas geraram polêmicas e protestos. Porém, na Irlanda, os analistas dão como certa a vitória do sim.
Mas, se acordo com pesquisas sobre intenções de voto, um terço dos irlandeses estava indeciso nos últimos dias.
A Irlanda é o único país a submeter o pacto a referendo. Uma vitória do não na consulta popular, segundo analistas, ameaça a aplicação do acordo aprovado por todos os países da União Europeia, à exceção do Reino Unido e da República Tcheca. Dessa forma, a Irlanda ficaria impedida de acessar os empréstimos do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, que será operacional a partir de 1° de julho.
Dos cinco países europeus que sofrem com dificuldades econômicas, a Irlanda é o único que escapou da recessão no ano passado e quer repetir o esforço este ano. O desemprego chegou a 14%, afetando principalmente os jovens que emigram em massa em busca de uma oportunidade de trabalho. Em 2010, o país recebeu 85 bilhões de euros de ajuda do FMI e da União Europeia.
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