De ânimo renovado com as estreias do técnico Gilmar Dal Pozzo e do atacante Zé Carlos, o Criciúma lutou até o fim. No começo, com a força de Zé do Gol, em quem a torcida depositava suas esperanças de sair do jejum, e na segunda etapa, na pressão imposta pela entrada do ídolo Paulo Baier.

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Mas não foi desta vez. Em branco, no 0 a 0, o Tigre segue há nove partidas sem vencer, embora tenha imposto respeito por segurar o Corinthians. Com o empate, o Tigre soma 18 pontos e continua na zona de rebaixamento.

Ânimo na largada

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“Uh, terror, Zé Carlos é matador!” Mesmo antes do apito inicial, a torcida deixou claro em quem depositava suas esperanças. O estádio tremia com a empolgação dos torcedores, que cantavam a plenos pulmões. O primeiro toque na bola foi dele e Zé Carlos começou bem. Logo aos cinco minutos, ele recebeu um cruzamento de Luis Felipe e finalizou, mas a bola acertou uma placa de publicidade e o gol não saiu.

Em seguida, o centroavante se estranhou com zagueiros corintianos no campo de ataque do Criciúma, caiu e conseguiu uma cobrança de falta. O camisa 9 mandou um balaço, mas Cássio defendeu. Em dois lances logo nos primeiros minutos, Zé já se consagrava como o melhor centroavante do Criciúma no ano. Com os braços ele pedia mais gritos da torcida, que inflamava as arquibancadas.

Aos 13 minutos, o Corinthians chegou na área do Criciúma, com cruzamento de Bruno Henrique para Romero, que cabeceou bem para o gol, mas Luiz fez uma grande defesa. Após escanteio para o Corinthians, Fábio Santos aproveitou rebote, mas Luiz fez outra boa defesa. Aos 24, Malcom ficou livre, com uma falha do goleiro Luiz, mas chutou a bola por cima do gol e perdeu a oportunidade de abrir o placar para o Corinthians.

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Aos 39, foi Lucca quem perdeu uma boa oportunidade. Em cobrança de falta pela ponta esquerda, em vez de colocar a bola na área, o garoto mandou pra longe do gol. Nos últimos lances do primeiro tempo, a arbitragem marcou uma falta para o Corinthians, por entrada de Fábio Ferreira em Romero próximo da área do Criciúma. O volante Rodrigo Souza levou o cartão amarelo por reclamação mas, na hora da cobrança, Bruno Henrique mandou por cima do gol. Apesar de ter mais posse de bola na primeira etapa, 53%, o Criciúma teve tantas chances claras de gol como o adversário.

Segundo tempo

Para a segunda etapa, o técnico estreante Gilmar Dal Pozzo acionou o ídolo Paulo Baier, que substituiu o jovem Lucca, e fez a diferença na equipe do Tigre. Aos 12, após um escanteio do Criciúma, a bola foi para o rebote e, ao voltar pela linha de fundo, o goleiro Cássio defendeu. O auxiliar deu tiro de meta para o visitante e Baier, apoiado pela torcida, reclamou por outro escanteio. Em outro lance, Silvinho caiu próximo à área do Corinthians, em uma dividida com Felipe. A torcida foi à loucura no pedido pelo pênalti, mas o árbitro deu apenas tiro de meta para o Corinthians. As arquibancadas então explodiram em um misto de incentivo e revolta com a arbitragem. Depois de gritos de “vergonha”, os torcedores gritavam para empurrar o Tigre em um coro determinado.

Silvinho arrancou pelo lado esquerdo, aos 25, e tocou para Baier, que arriscou de longe, mas mandou uma bola forte demais, que saiu pela linda de fundo. Logo em seguida, Baier chegou sozinho, mas a arbitragem assinalou impedimento. Aos 27, Silvinho sofreu uma falta de Fágner. Baier foi para a cobrança, mas a zaga corintiana bloqueou. Baier fez a torcida gritar gol aos 28 minutos, mas a arbitragem anulou por impedimento. Desta vez o meia concordou com o lance. Baier, em seguida, recebeu um passe e tentou mais uma vez, mas Cássio saiu da meta para fazer a defesa.

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Aos 30, Jadson recebeu a bola na área do Tigre e concluiu, mas Luiz saiu do gol e fez uma bela defesa. Os donos da casa não se deixaram intimidar e a pressão continuou. Paulo Baier recebeu um passe de Zé Carlos na área, aos 38, e chutou muito forte dentro da área. Cássio defendeu e a bola sobrou para Silvinho, que perdeu a chance de marcar.

Aos 40, uma grande chance para o Criciúma, com cobrança de falta frontal, na entrada da área. Paulo Baier foi para a cobrança, mas o goleiro Cássio agarrou a bola.

Não deu para o Tigre, que continuou em jejum, agora há nove partidas sem vencer, mas impôs respeito ao segurar o Corinthians.

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CRICIÚMA

Luiz; Luis Felipe, Fábio Ferreira, Alcides (Ronaldo Alves), Giovanni; Rodrigo Souza, João Vitor, Cleber Santana; Lucca (Paulo Baier), Zé Carlos, Silvinho (Maurinho)

Técnico: Gilmar Dal Pozzo

CORINTHIANS

Cássio; Fágner (Ferrugem), Felipe, Anderson Martins, Fábio Santos; Ralf, Bruno Henrique, Renato Augusto, Petros (Danilo); Malcom (Jadson), Romero

Técnico: Mano Menezes

Cartões Amarelos: Fábio Ferreira, Rodrigo Souza, Cleber Santana, Maurinho, Luis Felipe (Cri), Felipe, Bruno Henrique, Fágner (Co),

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Arbitragem: Igor Junio Benevenuto (MG), auxiliado por Marcio Eustáquio S. Santiago (Fifa-MG) e Pablo Almeida da Costa (Aspirante Fifa-MG)

Local: Estádio Heriberto Hülse

Público: 12.466

Renda: R$ 274.695,00