O empresário gaúcho Jorge Gerdau comentou na manhã desta quinta-feira a compra da polêmica refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras em 2006. Ele fazia parte do conselho de administração da companhia na época, função que deixou agora no começo de abril.

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– Na época, parecia uma boa decisão. A gente não tinha como prever.

Gerdau não quis dar mais detalhes sobre o impacto do negócio nas contas da estatal.

– Não posso mais falar porque já saí da empresa. E esse assunto ficou muito politizado.

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Gerdau falou no lobby do terminal de autoridades do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, enquanto aguardava o embarque para Comandatuba, na Bahia, onde irá participar do 13º Fórum de Comandatuba organizado pelo Lide – Grupo de líderes empresarias.

O empresário conversava com Viviane Senna e Emerson Fitipaldi pouco antes de ser abordado pela reportagem.

Eleições e necessidade de investimento

Gerdau afirmou também que o país enfrenta dificuldades de gerenciamento administrativo e que paga o preço por ter crescido rápido demais.

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– A população e o país cresceram muito rápido. Outros países passaram por isso, e o Brasil terá de fazer o debate para buscar o equilíbrio do quanto gasta e do quanto investe.

Para o empresário, é necessário sair da taxa de 20% de investimentos sobre o PIB para uma faixa de 25% a 30%.

Perguntado sobre o impacto que um governo com resultados de crescimento econômico morno pode ter no cenário eleitoral, Gerdau se limitou a dizer que a sociedade terá de fazer o debate.

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*A jornalista Julia Pitthan viajou para Comandatuba (BA) a convite do Lide, Grupo de Líderes Empresariais.