Na despedida dos ídolos, torcedores lembram histórias ao falarem de Fernandes e Wilson

A história de Fernandes, 13 anos de clube, e Wilson, com seis, jamais será esquecida pelos torcedores alvinegros. Em uma noite quente, eles se espremeram nas grades da quadra e ficaram de pé em cima do muro para assistir ao último jogo dos seus ídolos.

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– Sou torcedor de acompanhar o clube desde 1988. Eu vi o Fernandes marcar o primeiro gol dele pelo clube, contra o Brusque, em 1999. A diretoria vai se arrepender. Isso aqui é o mínimo, e mostra que a torcida não aprovou a atitude dos dirigentes – falou Fábio Felippe, 35 anos, professor, que levou o filho.

A emoção fez Luana tremer

Tremendo de emoção, a jovem Luana Meurer, 21 anos, foi atrás de algo que ela não havia conseguido. Fotos com Wilson ela já tinha tirado, mas faltava uma com Fernandes.

– Eu já sou nervosa, depois de ver ele nas fotos fiquei tremendo. É uma emoção grande. A despedida é ruim, mas a gente espera que eles voltem – comentou Luana.

Exemplo para Davi, Priscila e Clara

Se termina a história de Fernandes e Wilson no Figueirense, outra começa ainda na barriga da mãe. Davi e Priscila souberam, ontem, em um ultrasom, que estão esperando por uma menina, que se chamará Clara. Os futuros papais compraram uma camisa infantil do clube e levaram para Fernandes e Wilson autografarem.

– O maior ídolo do Figueirense é o Fernandes, comparado ao que o Rogério Ceni é para o São Paulo. O Wilson sempre honrou a nossa camisa. Exemplos que queremos passar para a nossa filha – revelou Davi.

Carlos Eduardo tabelou com o ídolo

Atuar ao lado das feras, era algo muito longe na visão de Carlos Eduardo, 28 anos, gerente de RH. Ontem, com a camisa preta do time de Fernandes, ele sentiu o gostinho de jogar com o ídolo.

– É um sonho realizado – disse ele, eufórico.

Em campo, Carlos Eduardo que teve a chance de tabelar com Fernandes, inclusive com passe de calcanhar. Um momento para lembrar até o fim da vida.

Obrigado, ídolos!

A advogada Rúbia Silveira, 25 anos, acompanhou a despedida de Fernandes e Wilson, mas lamentou mais outra situação.

– É triste. O que a gente fez é um agradecimento por todos esses anos. É lamentável a forma com que o clube tratou essas pessoas que tanto nos honraram.