O Joinville demonstrou nesta Série C falhas em posicionamento, bolas aéreas, bolas paradas e um sistema defensivo muito frágil. No entanto, nada disso foi comentado pelo técnico Márcio Fernandes em sua primeira entrevista coletiva como comandante tricolor. Na apresentação oficial, Márcio evitou análises profundas e preferiu citar apenas um problema do time: a condição mental.

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Segundo o paulista de 56 anos, a percepção de que o time não reage é algo unânime nos primeiros relatos passados a ele. De fato, nesta temporada o JEC se comportou mal quando esteve em situações adversas. Sempre que saiu atrás do placar, o Tricolor perdeu – foram dez ocasiões nesta temporada.

O Joinville também foi derrotado nas duas ocasiões em que saiu na frente, mas tomou a virada – Avaí 2 a 1, pelo Catarinense, na Ressacada, e 3 a 2 diante do Cuiabá, no fim de semana passado, na Arena, pela Série C.

– O que têm me passado e o que tenho pegado é que a equipe não está com a condição mental boa. Quando leva um gol, a reação do time é para baixo. Comparo com um boxeador: se você toma o primeiro soco, você deve agredir o adversário. Não pode se retrair e se abater no jogo. Temos de pensar grande, pensar em reverter os placares, reverter os resultados – afirmou.

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Márcio Fernandes também falou sobre como monta suas equipes dentro de campo. O treinador garantiu não ter um esquema tático preferido. A ideia dele é montar o time de acordo com as características do elenco.

– Não sou adepto de nenhum sistema. Todos são bons desde que você tenha jogadores para executá-los.

Para o jogo de domingo, contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto (SP), Márcio Fernandes reconheceu que não haverá grandes alterações – ele deve escalar uma base formada por atletas experientes. Ele espera apenas que a troca de treinador dê ao grupo uma nova motivação, algo comum no futebol.

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– Há uma motivação diferente na troca do treinador. Quem não estava jogando, vai lutar mais. Quem está, quer provar mais. Espero que essa motivação possa nos trazer algo no domingo.