A presidente Dilma Rousseff reafirmou em Salvador, nesta terça-feira, que não há fundamento legal para o processo de impeachment contra ela
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– Impeachment em si não é golpe. Ele vira golpe quando não há qualquer fundamento legal – disse.
– Não há fundamento legal porque tenho uma vida ilibada. Meu passado, meu presente, não há nenhuma acusação fundada contra mim – sublinhou.
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A presidente participou da inauguração de uma estação de metrô na capital baiana.
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– A Constituição é clara: se faz impeachment quando há crime de responsabilidade. Não há nenhum crime de responsabilidade. Eu sequer fui julgada – observou.
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De acordo com Dilma, a crise política é grave, pois afeta a população, especialmente com a “tese do quanto pior, melhor”, que prejudica a maioria dos cidadãos, enquanto poucos são beneficiados.
– Temos que garantir que o país volte a crescer, gerar emprego. Somos capazes de fazê-lo – destacou.
Os entraves que Dilma terá de superar para se manter no cargo
A presidente afirmou que o Brasil não vive em um regime parlamentarista, no qual o primeiro-ministro pode perder o cargo caso haja desconfiança do Parlamento em relação a seu governo, e eleições são convocadas para a formação de um novo gabinete.
– No presidencialismo, uma pessoa concorre à eleição. Eu ganhei 54 milhões de votos. A Constituição prevê as formas pelas quais um presidente pode ser retirado do poder. Não gostar do presidente, querer encurtar o tempo para chegar a ser presidente, isso não está previsto – relatou.
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– O nosso país precisa de tranquilidade. Precisamos que os interesses do Brasil estejam acima dos interesses partidários e eleitorais – acrescentou a presidente.
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Dilma Rousseff fez seu pronunciamento em solenidade de inauguração da Estação Pirajá e do trecho Bom Juá-Pirajá, do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro Freitas (BA). Essa é a oitava estação a entrar em funcionamento em Salvador, e o investimento total no metrô chega a R$ 5,4 bilhões.