Em visita à África, onde participa da III Cúpula América do Sul-África (ASA), em Malabo, capital de Guiné Equatorial, a presidente Dilma Rousseff voltou a reivindicar um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

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– Nada justifica que África e América do Sul permaneçam sem representação do Conselho de Segurança da ONU disse Dilma em seu discurso na cerimônia de abertura do encontro, que reúne representantes de 54 países africanos e 11 sul-americanos.

Chefes de Estado presentes na cúpula posam para foto oficial. FOTO: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Desde que assumiu o poder, em 2011, Dilma tem insistido neste tema. O Conselho de Segurança é composto por 15 membros, dos quais cinco permanentes e com poder de veto (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China) e 10 membros com assento rotativo em mandatos de dois anos.

Além da reforma do Conselho de Segurança, Dilma relembrou a necessidade da reforma de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI), novamente a necessidade de que seja dada maior voz aos países sul-americanos e africanos. Nos últimos dois anos, os 188 Estados participantes do FMI, especialmente os emergentes como China e Brasil, tentam modificar o cálculo das cotas atribuídas que determinam o direito de voto.

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Na foto, a chegada de Dilma a Guiné Equatorial FOTO: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Dilma propõe alianças entre Brasil e países africanos

Em seu discurso, Dilma ressaltou as semelhanças entre o Brasil e os países africanos, tanto na formação do país quanto da população e propõe a formação de parcerias nas áreas de educação, agricultura e indústria.

– Compartilhamos de muitos dos problemas que vários dos países aqui representados, temos histórias parecidas e, por isso, proponho alianças. – disse, citando a formação de professores e gestores além do desenvolvimento de técnicas agrícolas.

A presidente ressaltou também os problemas enfrentados pelo Brasil e a África nas áreas de infraestrutura e energia e defendeu a troca de informações para busca de soluções nesses setores. Dilma afirmou também que o Brasil poderá oferecer cursos de português nas suas 37 embaixadas brasileiras na África “para facilitar acesso aos programas”.