A rotina dos participantes do Festival de Música de Santa Catarina (Femusc) não é mole. Há horário para acordar, para ir para as aulas, o intervalo parece curto para as refeições e os ensaios consomem o restante do pouco tempo que sobra de descanso. Quem mergulha no intensivo de férias em Jaraguá do Sul quer se aprimorar, mesmo aqueles que já passaram por anos de estudo e que hoje vivem da música.

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Com exceção da identificação no crachá, os inscritos no Promusc (Encontro Internacional de Profissionais da Música de Concerto) se diferem dos participantes dos programas intermediário e avançado apenas quando sobem ao palco.

– É aí este crachá pesa. Temos que fazer o melhor nas apresentações – afirma o trompetista gaúcho Jézer Silva, participantes pela oitava vez do festival-escola.

Assim como muitos outros inscritos no Promusc, programa implementado há três anos no Femusc, Jézer começou integrando o grupo avançado e hoje busca a reciclagem profissional.

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– Trabalho de segunda a segunda em duas orquestras, dando aulas e em um projeto de musicalização. O resultado é que tenho pouco tempo para estudar e acabo adquirindo vícios negativos. Além de me dedicar à técnica, vim em busca de respostas para como otimizar meu tempo e o que fazer com a minha carreira no futuro – conta o trompetista, que também revela que neste contato com músicos e professores de outros locais há troca de informações sobre vagas em concursos para orquestras, foco de interesse da maioria dos profissionais.

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Neste ano o Promusc bateu o recorde de inscritos. São 69 músicos de 40 orquestras de várias partes do mundo. Parte destes participantes foi atraída por meio do incentivo oferecido pelo festival. Neste edição, os profissionais receberam inscrição e hospedagem gratuitas.