O Zé Gaiteiro, músico de rua conhecido em Criciúma, conseguiu se aposentar com a ajuda de um advogado que assistia a uma de suas apresentações. José Carlos Romeiro, 67 anos, mora há dez anos na cidade. Ele nasceu no Paraná, mas passou a maior parte da vida em São Paulo. Com o valor do benefício, quer trazer a mãe para morar com ele em Santa Catarina.
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A história com final feliz começou em junho, quando o advogado Artur Bolan Búrigo, 25 anos, passava pelo calçadão da cidade. Ele parou para ouvir o Zé Gaiteiro, pediu uma música, e em seguida começaram a conversar. Zé falou sobre as dificuldades que enfrentava, e Artur decidiu ajudar o artista.
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Com uma foto da identidade, o advogado iniciou as buscas pela situação de Zé. Conseguiu agendar uma entrevista no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), atualizou a situação documental e também encaminhou o pedido de auxílio emergencial. Enquanto a aposentadoria não vinha, a parcela de R$ 600 iria ajudar, e muito, nas despesas com moradia e alimentação.
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– Eu não prometi nada, mas depois da nossa conversa, aquilo me tocou, pensei que poderia ajudar. Tirei a foto do documento e comecei a procurar maneiras de como fazer, fui pesquisar na legislação se haveria uma maneira de ajudar para poder aposenta-lo – conta Artur.
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Na última semana de agosto, a notícia tão esperada chegou. A aposentadoria foi homologada, e Zé recebe na semana que vem a primeira parcela do benefício, referente a um salário mínimo. No encontro para dar a notícia, Zé disse que “foi Deus quem colocou” o jovem advogado no caminho dele, e Artur concorda.
– Eu abracei com unhas e dentes, eu fiz pra ele um pouquinho, fiquei feliz que ele confiou em mim. Vi que poderia fazer a diferença na vida de uma pessoa – resumiu o advogado.
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