Uma jovem de 22 anos, que está internada em tratamento contra a Covid-19 em Santa Catarina, tem tido a ajuda da música para superar a doença. 

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A paciente que tem síndrome de Down e respira com a ajuda de aparelhos, está em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São José, em Maravilha. Segundo informações do g1 SC, um vídeo mostra Rosicleia Pereira “dançando”, com movimentos nos braços e pernas ao ouvir a música “Malvada”, do cantor Zé Felipe.

Rosicleia nasceu em Faxinal dos Guedes, também no Oeste do Estado, e de acordo com os médicos, o tratamento humanizado tem auxiliado na recuperação da jovem. A equipe de profissionais da saúde percebeu que a jovem gostava de ouvir funk e decidiu incluir a música no tratamento da paciente. 

– Foi colocado um radinho ao lado dela e verificamos que ela gostava principalmente quando tocavam as músicas do cantor. Quando ela ouvia, acabava começando a esboçar alguns movimentos com as mãos e que estava fazendo força para se movimentar – explicou a fisioterapeuta Munira Gonçalves Hopf, em entrevista ao g1. 

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De acordo com a fisioterapeuta, quando não havia músicas como parte do tratamento, Rosicleia não conseguia se movimentar muito. Mas, depois que o método foi adotado, a jovem vem retomando a independência emocional e física. 

O tratamento no hospital de Maravilha dura 20 dias e Rosicleia passou por momentos em que ficou sedada e também ficou intubada.

– Ela é muito meiga e muito fofa. Tentamos fazer com que ela fique mais tranquila, a gente tenta fazer de tudo para que ela se sinta bem e não sinta tanta falta de casa. Imagina alguém que recebe todos os cuidados da mãe e fica longe de casa, sente muita falta – contou a psicóloga Vanderleia da Costa, ao g1 SC.

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A psicóloga diz que momentos assim ajudam a amenizar o sofrimento da internação pela doença. Sempre que um paciente está acordado e em condições favoráveis, a equipe procura ligar músicas, TV, conversar, fazer chamadas com a família pelo celular.

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Nesta terça-feira (22), Rosicleia recebeu a visita dos pais. A mãe da jovem, Maria Marques Dos Santos, afirma que a filha é bem divertida e faz atividades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que acabaram interrompidas por causa da pandemia.

– Estamos torcendo para ela receber alta logo e voltar para casa porque sentimos muita falta dela. Ela está se recuperando e ficou muito feliz com o radinho – disse. 

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