Nesta quarta-feira, o Palacete Niemeyer recebeu a primeira exposição na sala da frente da casa que atualmente abriga uma parte do Museu Arqueológico de Sambaqui. Sede administrativa do museu desde junho de 2012, quando os funcionários e alguns espaços se mudaram para o prédio, o palacete recebe uma exposição pela primeira vez. “Face a Face com a Pesquisa” foi pensada especialmente para a sala de exposições e mostra os detalhes dos estudos mais recentes do museu.

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– É o recorte de alguns espaços de pesquisa, tanto históricas quanto pré-históricas – conta o diretor do Museu de Sambaqui, Gerson Machado.

Entre os artefatos expostos estão objetos encontrados nas escavações da Alameda Brustlein durante a renovação da rua das Palmeiras, em 2012. Além disso, também há evidências da presença do homem sambaquiano em lugares como o Sambaqui Morro do Ouro, Espinheiros, Itacoara e Cubatão.

Esta também é a primeira vez que o museu expõem o trabalho de reconstituição do rosto de um habitante de Joinville. O crânio de uma mulher que foi encontrada no Sambaqui Morro do Ouro serviu de base para a reconstrução da face e, apesar de ainda não haver estudos para definir a idade do fóssil, ela deve datar de 4.030 anos antes do presente (considerado em 1950). O nome dela deve ser escolhido por uma votação que será feita na comunidade em breve.

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Lançamento de livro

Na noite de quarta-feira, a equipe do Museu Arqueológico de Sambaqui lança o livro “Educação Patrimonial e Arqueologia Pública: Experiências e Desafios”, organizado por Gerson Machado, Flávia Cristina Antunes de Souza e Judith Steinbach. O livro reúne artigos de nove pesquisadores que dividem reflexões sobre a educação em museus e as políticas públicas para a arqueologia.

A cerimônia de lançamento ocorre às 19 horas no auditório da Univille e tem entrada gratuita. Após o lançamento do livro, ocorre o XVI Colóquios Patrimoniais, com o tema: “40 anos do Museu Sambaqui: (memória+criatividade) = mudança social”. A mesa redonda traz para o debate a professora doutora Maria Cristina Oliveira Bruno, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, e a professora doutora Sandra Guedes, da Univille, com mediação do professor doutor Gerson Machado, do Museu Sambaqui.