A partir de segunda-feira, o casarão Ottokar Döerffel, que abriga parte do Museu de Arte de Joinville, entra em reformas. Nesta quarta-feira, todos os documentos e obras da reserva técnica foram transferidas para a Cidadela Cultural Antarctica.

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A estimativa inicial é de que o local fique pronto até o próximo aniversário da cidade, em março de 2012. O coordenador do museu, Carlos Alberto Franzoi, salienta que o fato de entrar em reforma não significa que o museu esteja completamente fechado.

Os anexos 1 e 2 da Cidadela continuam recebendo visitantes para a exposições “Contaminações – Linhas da Infância” e “Lúdico.Cotidiano”. Os principais pontos de atenção da reforma estão no telhado do imóvel construído em 1854, na rede elétrica, no alpendre (há bastante tempo interditado) e no porão, que irá receber tratamento luminotécnico.

A obra é a segunda ação da Fundação Cultural de Joinville em suas unidades, depois da intervenção ao Galpão do Ajote, na Cidadela Cultural. Parte dos recursos para as melhorias vem do Ministério do Turismo e a outra do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec).

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A reserva técnica, que estava provisoriamente na sala Hamilton Machado, na sede do MAJ, irá funcionar definitivamente em um dos anexos da Cidadela para que todos os espaços do prédio que foi residência do primeiro prefeito de Joinville tornem-se exclusivos para exposição. Inclusive os setores administrativo e educativo, além da biblioteca, também passa a funcionar na sala de cinema da antiga cervejaria.

Franzoi conta que este era um pedido antigo.

– A ideia é que o museu pudesse receber ainda mais mostras simultâneas – completa.

Até a semana passada, o museu contava com quatro exposições ao mesmo tempo – duas na sede e outras duas nos anexos. O coordenador está animado com a reforma e já pensa na reabertura com uma grande exposição de obras que marcaram as 40 edições da Coletiva de Artistas.

Franzoi foi um dos grandes críticos do abandono do casarão. Em 2002, ele expôs no MAJ a obra conceitual “O Vazio… em Nós”, que já discutia a partir de objetos e instalações a situação dos espaços interno e externo do museu.

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