Um grupo de alunos para em frente à grande tela e com leves toques dos dedos criam usinas termoelétricas, moinhos de energia eólica, hidrelétricas. O mapa da cidade recebe as estruturas e os índices de ambientais, sociais e financeiros começam a se alterar. O aplicativo é uma das novas possibilidades de aprendizado no Museu WEG. Durante a Semana Nacional dos Museus, cujo tema é Museus para uma sociedade sustentável, as atividades educativas ganharam vida na telinha, instigando alunos a encontrar o difícil equilíbrio entre os três itens da equação.
Continua depois da publicidade
O aplicativo usado nesta semana é apenas mais um exemplo dos focos adotados pelo museu desde sua reinauguração, em 16 de setembro do ano passado, após uma reforma que durou um ano. Segundo a educadora do espaço, Gabriella Lux, os objetos de interatividade são fundamentais para uma das principais metas do museu.
– O principal papel que o museu deseja hoje é o de educar. A interatividade ajuda a passar esses conteúdos _ explica ela.
Nas 11 salas do museu, cerca de 100 itens de acervo compartilham espaço com telas. São 30 televisores que passam audiovisuais sobre os temas de cada espaço, além de 12 telas touch que permitem a interatividade com o visitante. Há, ainda, cerca de dez objetivos interativos, que podem ser tocados e manuseados, como a bicicleta que gera energia e um globo terrestre.
Continua depois da publicidade
Com uma média de 1.100 visitantes por mês, o museu atende principalmente escolas – são cerca de oito agendamentos por semana. Nos fins de semana, são as famílias que mais aproveitam o espaço. Gabriella explica que o local foi montado para seguir uma narrativa, que se desdobra e evolui a cada nova sala visitada. No andar inferior são a tecnologia e as descobertas científicas que têm mais ênfase, com itens que mostram as pesquisas até a descoberta do eletromagnetismo, princípio usado atualmente nos motores, geradores e transformadores.
Os principais produtos que norteiam a energia elétrica vêm à seguir, com exemplos cotidianos. Apesar de o foco principal ser nos produtos criados dentro da WEG, muitos objetos e exemplos não fazem parte dos objetos da fábrica. Ainda assim, é no museu que toda a história da empresa, que completa 54 anos em outubro, é contada.
Exemplo de acessibilidade
Enquanto a acessibilidade ainda é um desafio para grande parte dos museus jaraguaenses, o Museu WEG investiu em melhorias durante sua reforma, sendo avaliado como um dos cinco melhores nesse item em todo o País.
Continua depois da publicidade
– Nos preocupamos com esse público, já que antes não tínhamos esse viés. Além disso, há poucas opções na cidade e aqui tornou-se mais uma _ conta Gabriella.
Piso tátil para cegos ao longo de toda a exposição e elevadores e rampas para cadeirantes são apenas um dos pontos incluídos na nova estrutura. Mais que acesso físico, o próprio acervo tornou-se convidativo para diversos públicos. Deficientes auditivos podem acompanhar as narrativas em libras nas telas das televisões e cegos têm a possibilidade de tocar maquetes, como a do próprio museu e o mapa de Jaraguá do Sul – tudo com legendas em braile. Um globo que indica os países com fábricas da WEG e um motor em resina para montar e desmontar, que ensina sobre as peças que compõe a máquina, são exemplo de como tornar as peças atrativas para todos.