Entre todos os pontos turísticos da cidade, o Museu Nacional da Imigração e Colonização de Joinville é um dos principais destinos para onde os novos moradores de Joinville levam seus visitantes. Não é por acaso, então, que no corredor em que estão penduradas as fotos dos primeiros colonizadores há um espelho oval, no qual é possível se enxergar como integrante da história local.

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Mas, na semana em que é comemorada a Semana Internacional dos Museus, uma das exposições da unidade foi levada para outro espaço, já que parte do terceiro andar do casarão está fechada para visitação, à espera da reforma do telhado.

Apesar de a descentralização fazer parte dos objetivos da Semana dos Museus de Joinville, a coordenadora do Museu de Imigração, Dolores Tomazelli, ressalta a emergência de reabrir as salas dos terceiro andar, onde são expostos itens do acervo da Sociedade Ginástica, dos Bombeiros Voluntários e do Clube do Tiro – este último, em exposição no Estande de tiro da Associação Atlética Tupy, no Boa Vista, até 26 de maio.

– São acervos que comprovam a característica de associativismo do imigrante que veio para região, que participava de forma voluntária dos grupos e sociedades. São salas bem importantes e as pessoas perguntam sobre elas – conta Dolores.

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Além do telhado do casarão – conhecido popularmente como “Palácio dos Príncipes” -, a varanda norte do último andar também espera por uma reforma orçada em R$ 79.631, mas que desde 2011 não tem empresas com interesse em participar da concorrência nas licitações abertas pela Fundação Cultural.

O Museu da Imigração é um dos três museus de Joinville que estão na lista da FCJ para terem suas reformas feitas por empresas contratadas pela Prefeitura, já que todos eles tiverem editais sem inscrições por pelo menos duas vezes. Segundo o presidente da Fundação, Rodrigo Coelho, a intenção é que estas contratações ocorram até o fim de junho.

O Galpão de Tecnologia Patrimonial, construído em 1963 para abrigar engenhos e maquinários de trabalho dos imigrantes germânicos, luso-brasileiros e açorianos, foi fechado em fevereiro deste ano porque também tem problemas na cobertura.

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– Ele foi fechado para segurança dos servidores do museu e dos visitantes. O objetivo principal é o telhado do prédio principal. Resolvido isso, passa-se para a segunda parte dos problemas – afirma Dolores.

No ano passado, o Museu Nacional de Imigração e Colonização recebeu pelo menos 29.500 visitantes, entre excursões e grupos escolares, mantendo seu posto de museu mais visitado de Joinville. A coordenadora do museu frisa que há ainda um número desconhecido de pessoas que visitam os espaços históricos e o parque, mas não são registrados pelo livro de visitas.

– Nosso estudo de perfil, feito entre 1998 e 2008, mostra que há um alto índice de retorno. É aquela criança que, nos anos 1980 veio com escola, e agora traz seus filhos para conhecê-lo – analisa.

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