O Museu Nacional de Imigração e Colonização, de Joinville, tem reabertura marcada para 21 de março. Foram quatro anos de portas fechadas para a obra de restauração do imóvel, construído em 1870 e tombado desde 1939.

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O principal museu de Joinville fechou as portas para a visitação em fevereiro de 2018 para que a sede fosse preparada para o grande restauro, financiado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto previa a obra física de três dos cinco imóveis integrantes do complexo, além de uma nova exposição permanente.

Apenas o galpão e a casa enxaimel que ficam aos fundos do terreno do museu e servem como reserva de acervo não passaram por obras. Outro galpão foi desmontado para a construção de um novo anexo, com arquitetura contemporânea, que será usado como área de exposições e espaço para funcionários. 

No casarão principal foram feitas nova pintura e cobertura além de restauro de um alpendre que apresentava problemas estruturais. O terceiro pavimento estava fechado há pelo menos dez anos, por deficiências estruturais, e agora também poderá ser reaberto. Outra intervenção foi a eliminação de paredes que não eram originais.  

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– Hoje, o museu é totalmente acessível do ponto de vista físico. Temos acessibilidade a todos os espaços expositivos e até na parte onde os funcionários trabalham tem um elevador – complementa o secretário de Cultura e Turismo, Guilherme Gassenferth.

Segundo ele, apenas um pedaço do muro do museu ainda não está finalizado, mas não impossibilitará a reabertura no próximo sábado. Além da obra financiada pelo Iphan, a prefeitura realizou a drenagem e o paisagismo com recursos próprios.

Museu ficou fechado durante quatro anos para restauração completa
Museu ficou fechado durante quatro anos para restauração completa (Foto: Hassan Farias, A Notícia)

Busca por recursos para exposição permanente

O projeto do Iphan para o Museu Nacional de Imigração e Colonização ainda previa uma nova expografia, o que não foi executado pelo governo federal. Segundo Gassenferth, a licitação e contratação da empresa foram realizadas, mas apenas metade dos recursos foram repassados.

Com isso, a empresa fez o projeto e executou apenas a parte de iluminação da nova exposição. Todo o restante, incluindo paineis, mobiliário, marcenaria e impressão não foram realizados. O município agora busca mais recursos com o governo federal e parlamentares catarinenses para viabilizar a exposição permanente.

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Paralelamente, a empresa contratada pelo Iphan realiza com a prefeitura os planos museológico e de gestão da unidade.

– A gente vai continuar buscando recursos para executar a exposição permanente, mas para que a população acessasse o museu, que está tão bonito, optamos em fazer uma exposição temporária. O joinvilense vai poder acessar o jardim e uma parte da casa – conta Gassenferth.

A exposição temporária foi criada pela equipe do museu e batizada de “Frações do Porvir”, em uma inspiração na permanente planejada pelo Iphan, chamada de “Mirada do Porvir”.

Casarão foi construído em 1870 no Centro de Joinville
Casarão foi construído em 1870 no Centro de Joinville (Foto: Hassan Farias, A Notícia)

Museu ajuda a contar a história de Joinville

O casarão onde hoje funciona o Museu Nacional de Imigração e Colonização foi construído em 1870, no centro de uma área mantida pela família real. Segundo Gassenferth, o prédio foi usado por algum tempo como casa do procurador dos príncipes, Frederico Brüstlein, que também mandou construir a alameda atualmente conhecida como Rua das Palmeiras.

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– Brüstlein também foi por um tempo diretor, superintendente da colônia. Então, o prédio foi importante do ponto de vista histórico e político daquele momento – comenta o secretário de Cultura e Turismo.

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O espaço ainda foi ocupado por herdeiros da família real até a década de 1950, quando foi comprado pela prefeitura. Em 1957, foi criada pelo presidente Juscelino Kubitscheck a lei que dá origem ao museu. A ideia inicial era comunicar a história da imigração na região Sul do Brasil. No entanto, como demanda da comunidade local, ele foi destinado para contar a história de Joinville.

O museu foi aberto em 1961 e chegou a ser o terceiro mais visitado do Brasil – entre aqueles que tinham registros – na década de 1990, segundo o secretário Gassenferth. Tornou-se um ponto muito visitado por estudantes da cidade e também por turistas, sendo um dos principais pontos turísticos de Joinville.

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