Henri Cartier Bresson, um dos pais da fotografia disse que, de todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante entre o preciso e o transitório. Araquari, cidade de apenas 24.810 habitantes (IBGE 2010) encontrou uma maneira de valorizar o poder descrito pelo fotógrafo com a criação do Museu da Imagem, que completa um ano de funcionamento no dia 29.

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No final da avenida Getúlio Vargas, no número 485, uma pequena sala abriga o acervo de 300 peças. A porta de entrada é a mesma de saída, mas não impede a demora na visita, que exige um olhar minucioso para cada artigo. De câmeras fotográficas – são quase 200 -, filmadoras e acessórios, como filmes, iluminadores e tripé.

A cereja do bolo fica para as duas “vovós”, apelido dado pela diretora do museu, Angelita Leandra de Jesus, para as duas câmeras mais antigas do local. Fabricado em 1913 nos Estados Unidos, o modelo Kodak Six Three foi colocado ao centro de uma estrutura de vidro, com fotos feitas com a câmera. Em outro balcão, está a segunda mais velha, a câmera Lambe-lambe, que chama a atenção pela história e design.

Modelos das marcas Canon, Kodak, Pentax, Polaroid e Yashica são maioria no acervo e encantam por seus modelos e formatos. O título de menor câmera do museu vai para a USB Toy Digital, na cor azul-clara que se esconde na palma da mão.

Atualmente, a média mensal de visitantes é de 180 e o número pode aumentar, afirma a diretora, que tem planos para ampliar o local. No último dia 8, foi realizada a primeira saída fotográfica, que contou com a participação de 23 pessoas durante uma caminhada de quase quatro quilômetros nos principais pontos da cidade. O sucesso foi tamanho, que a ideia é promover outros eventos similares.

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– Queremos também descobrir a história de Araquari – revela Angelita, que busca resgatar fotografias antigas da cidade e conta com a colaboração dos moradores, para valorizar ainda mais a região.

Além disso, são organizadas visitas com alunos das escolas da região, que inclui abordagem sobre a história da fotografia e da cidade.

A ideia de criar o museu partiu do fotógrafo Luiz Hille, que buscou parceria com a Prefeitura de Araquari por meio do acordo em comodato, por tempo indeterminado. Doações também podem ser feitas e todo material passa pelo processo de catalogação e limpeza antes de ser colocado em exposição.

– Há muito material que não está exposto, como fotografias da antigas da cidade que a população está emprestando. Nós refotografamos, algumas editamos e digitalizamos – conta Luiz, que, contente com o resultado, está ansioso pela ampliação do museu, que permitirá realizar exposições e exibições de fotos e vídeos.

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Quem quiser conhecer o museu, precisa estar atento ao horário de funcionamento, já que o local não abre aos fins de semana. Ele atende de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas, e das 13 às 17 horas. É possível agendar visitas em horários especiais, para escolas ou grupos, por exemplo. Basta ligar no (47) 3433-8998.

O QUÊ: Museu da Imagem de Araquari.

QUANDO: de segunda a sexta, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas.

ONDE: avenida Getúlio Vargas, 485.

QUANTO: gratuito.