Depois de quase dois anos trancado em uma sala na Fundação Cultural de Joinville (FCJ), o acervo do Museu da Bicicleta (Mubi), que funcionou durante dez anos na Estação da Memória, no Complexo Ferroviário, pode voltar a ser exposto. O novo presidente da FCJ e vice-prefeito, Rodrigo Coelho, demonstrou interesse em reabrir o museu em uma conversa com o responsável pelo acervo e colecionador, Valter Bustos, ontem. Se tudo der certo, o Mubi será inaugurado até o aniversário da cidade, em 9 de março, e voltará para o mesmo espaço.

Continua depois da publicidade

Para colocar o acordo em prática, Coelho precisa encontrar uma forma jurídica de legalizar o acervo do museu, que foi fechado após a queda do teto do setor de cargas da Estação da Memória, em março de 2010. Na sequência, entraves burocráticos impediram a reabertura do espaço.

Na época, a gestão da FCJ considerou ilegal o investimento em bens particulares, já que grande parte do acervo pertencia ao colecionador. Além disso, ele era pago pela Prefeitura para cuidar do espaço. Agora, na atual gestão, Bustos também deverá preencher um cargo comissionado e o acervo deverá ser doado ao município.

Continua depois da publicidade

Bustos afirma que as bicicletas já são públicas, a partir da criação da Associação de Bicicletas Antigas de Joinville (Abajo), reconhecida oficialmente pela Câmara de Vereadores no mesmo ano em que o museu foi fechado.

– Eu criei uma entidade que é declarada de utilidade pública. O acervo será passado para a Abajo administrar – explicou o colecionador.

O acervo possui mais de 16 mil peças que já foram visitadas por mais de 60 mil pessoas, segundo dados do próprio museu.