Parte de um muro caiu e atingiu uma senhora de 64 anos quando ela passava em frente a um terreno, na rua Benjamin Gerlach, em São José, na Grande Florianópolis. Lenir Maria da Silva voltava do mercado, no Bairro Fazenda Santo Antônio, por volta das 9h30min deste sábado. Ao passar em frente a uma área cercada por um muro, a 100 metros da casa onde mora, foi atingida pela parede de tijolos que desabou.
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Segundo o neto de Lenir, Vinícius Silva e Silva, 20, o muro desmoronou por ter sido atingido por uma escavadeira que limpava o terreno baldio. Lenir ficou cerca de 30 minutos sob os destroços até ser resgatada por policiais militares e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A aposentada só se lembra de ter acordado com dores na perna direita, na ambulância rumo ao Hospital Regional de São José. Ela recebeu alta por volta das 13h deste sábado,
– Não vi nada caindo. Só acordei com eles me colocando na ambulância – conta.
Até a sacola de compras ficou para trás e foi resgatada por um dos filhos depois. A caminho do hospital que ela se deu conta da gravidade do acidente.
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– Imagina se fosse uma criança, poderia ter matado! Ainda bem que foi comigo – constata.
Para a família, o início do final de semana também foi de apreensão.
– E foi um susto forte quando ligaram para a gente avisando onde ela estava – conta o neto Vinícius.
Exames médicos comprovaram que Lenir fraturou a bacia. Ela foi medicada e recebeu alta por volta das 13h deste sábado. Por recomendações dos profissionais de saúde, deverá passar dois meses em repouso. O restante do final de semana será de receber cuidados da família.
– Eles estão todos aqui comigo. Levaram um susto, estão agitados – conta Lenir, bem-humorada.
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O muro teria sido construído há poucos dias e não havia sinais de que fosse desmoronar. Para a família, com o desmoronamento, deu para ver que a parede não tinha vigas de sustentação. Eles registraram Boletim de Ocorrência na 1ª Delegacia de São José e tentam contato com a empreiteira que trabalha no terreno, para tratar do caso.
Diário Catarinense: A senhora viu o muro cair?
Lenir Maria da Silva: Eu estava voltando do mercado e não vi nada cair. Acho que eles estavam limpando para construir no terreno e a escavadeira bateu a pá no muro. Eu ouvi o barulho da máquina trabalhando. Depois, só acordei na ambulância.
DC: A senhora não se lembra do tempo que ficou embaixo do muro?
Lenir: Não, eu estava desacordada. Só lembro que quando foram me colocar na ambulância, falei para darem remédio para o meu marido, porque ele é cardíaco.
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DC: O que a senhora tinha ido fazer?
Lenir: Eu já tinha ido à feira de manhã e pensei em ir ao mercado em um instante, porque precisava de saco plástico. Peguei poucas coisas e vim embora.
DC: A senhora sempre passa na região?
Lenir: Sim, é na rua geral, caminho por tudo por ali. Mas ainda bem que está tudo bem. Só não estou enxergando direito, porque meus óculos quebraram no acidente.
DC: A senhora acha que poderiam ter feito alguma coisa para evitar a queda do muro?
Lenir: Eles deveriam ter colocado uma fita para avisar que estão mexendo. Imagina se fosse uma criança? O difícil agora será ficar dois meses deitada.
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