O Santos estava “mordido” e o Bolívar (BOL) pagou, com juros e correção, pelos atos de vandalismo de sua torcida em La Paz, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Com nada menos do que oito gols o time paulista devolveu as frutas e objetos atirados à campo e as provocações dos bolivianos.
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Neymar foi um dos que mais queria dar a resposta ao rival. Ironizado antes da primeira partida pelo técnico Angél Hoyos, que disse não conhecer o craque brasileiro, o atacante santista marcou duas vezes, deu carretilha, tentou gol por cobertura e comemorou se apresentando. Depois, no Twitter, ainda ironizou: “Muito prazer”, escreveu ele.
Até o técnico Muricy Ramalho, que costuma pregar calma a sua equipe, comentou que o elenco estava com o orgulho ferido.
– O time estava mordido porque, além de tudo, teve muita declaração que veio para cá pra pressionar a gente, que eles iam fazer gol, que jogariam no ataque. Isso não pode, tem de respeitar, como fizemos hoje, firme, na bola. Passamos mal mesmo lá, nunca passei tão mal, só quem vai lá que sabe. Depois do jogo, nos xingaram demais. Estamos acostumados, só que foi muito agressivo, não dá para aguentar – desabafou o treinador.
Apesar de o time estar dividindo as atenções entre a decisão do Paulista e a reta final da Libertadores, Muricy comentou que os santista não esqueceram das adversidades enfrentadas em La Paz há duas semanas.
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– Nosso time entrou muito focado, pressionando, pois estávamos com isso na cabeça desde La Paz. Com o futebol que os nosso jogadores têm e com a vontade que eles estavam de dar a resposta, foi merecida a goleada. O Bolívar lutou, mas nosso time foi melhor.
Outro destaque santista na partida, o meia Elano, que marcou duas vezes, também comentou que o Peixe estava “mordido”. O camisa 8 afirmou que, além das provocações, o Peixe passou por adversidades fora de campo.
– Foi muito triste o que aconteceu lá, mas entramos hoje para jogar futebol. E lá tem um tipo de provocação no campo que vocês não percebem, agressão, coisas do campo, e até mesmo viagem, no aeroporto, o que nos deixa chateado. Nos preparamos para o São Paulo, Guarani, mas não esquecemos desse jogo.