Usar a tecnologia em favor da segurança pública pode ser simples e fazer a diferença. É o exemplo do 22º Batalhão de Polícia Militar, que conseguiu otimizar o trabalho de 150 profissionais, responsáveis por patrulhar toda a região continental da Florianópolis, com a instalação de um mural eletrônico de ocorrências.
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Assim que assume o posto na sede do batalhão, no Bairro Monte Cristo, o policial pega seu armamento e se informa sobre o último plantão. Em frente à sala das munições, fica o quadro: uma televisão de LCD que exibe informações atualizadas constantemente, como placas de carros roubados, imagens de pessoas procuradas, alertas de monitoramento policial nas ruas ou redes sociais e avisos repassados pela comunidade.
Nesta terça-feira, um dos destaques no quadro era o roubo de um gol vermelho, com placas de Curitiba. Por volta das 12h, um policial passa por rádio que o carro havia sido recuperado na Coloninha.
A gestão de informações facilitou o trabalho operacional. Conforme o chefe da Agência de Inteligência do batalhão, Fabrício Gilberto Truppel, o mural foi instalado há três meses e já trouxe resultados.
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– Para acessar os dados do plantão do dia ou da noite anterior, antes o policial tinha que sentar em frente de um computador e puxar um relatório. Com o contingente que temos, é difícil um policial dispor de tempo para esse tipo de rotina. Com o mural, as equipes conseguem, com facilidade, conferir as principais ocorrências antes de irem para a rua – conta Truppel.
A ideia surgiu na Agência de Inteligência e foi inspirada nas televisões que passam notícias em terminais de ônibus e elevadores. A proposta não precisou de um alto investimento. Foi solicitada ao comando da PM uma televisão de 40 polegadas, que custa pouco mais de R$ 1 mil. Também foi aproveitado um computador de baixa potência, que estava em desuso, e a disposição dos profissionais da inteligência, que alimentam o sistema por um programa de apresentação de slides.
– O policial utiliza a informação e devolve com um feedback positivo. Inclusive, os dados podem chegar em tempo real. O agente pode tirar a foto de uma placa ou indivíduo por celular e passar, por e-mail, para o sistema – explica Truppel.
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