Municípios do Litoral Norte recebem estudo sobre áreas de inundação e deslizamentos

Cinco municípios do Litoral Norte catarinense estão recebendo estudos sobre áreas com risco de inundação e deslizamentos. O material traz um mapeamento detalhado dos locais e aponta sugestões de intervenção para as cidades. Itajaí e Camboriú já receberam os dados. Nesta terça-feira o estudo será entregue para Balneário Camboriú e Navegantes. E em Itapema a pesquisa ainda está em andamento.

Encomendado pelo Ministério da Integração, através do Projeto Mapeamento de Vulnerabilidade a Desastres, o estudo fornece subsídios para 821 cidades do país que são consideradas prioritárias – em Santa Catarina são 77 municípios contemplados. O objetivo é prevenir e alertar as Defesas Civis de cada cidade para que monitorem as áreas vulneráveis.

Os estudos de Balneário, Itajaí e Navegantes foram elaborados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por meio do Centro Universitário de Estudos e Pesquisa sobre Desastres (Ceped). Além do mapeamento dos pontos, casas vulneráveis e possíveis abrigos, a geógrafa da unidade, Mari Ângela Machado, afirma que há um trabalho de sensibilização da comunidade através da apresentação dessas informações.

– Pelo fato do governo dizer que esses municípios são prioritários também fica mais fácil obter recursos para as obras sugeridas. Outro benefício é que as cidades conseguem dimensionar e saber o que é prioridade – completa.

Na prática

Em Itapema o mapeamento é aguardado para nortear o crescimento do município. O diretor da Defesa Civil, Moisés César Filho Motta, explica que o estudo mostrará as áreas que podem ser habitadas e as que não devem ser, minimizando o risco de desastres.

– Já temos um estudo com cinco pontos de vulnerabilidade e estamos aguardando este sobre inundações. Algumas ações que eles nos apontam são contenção de encosta, retirada de residências e a conscientização de moradores – comenta.

Camboriú, que já recebeu o mapa, tem usado as informações para agir rapidamente na iminência de algum desastre. A coordenadora da Defesa Civil, Cáren Bezerra, destaca que o estudo forneceu um diagnóstico mais completo de cada área que já era monitorada pelo órgão, como as casas suscetíveis a inundações ou deslizamento.