Atrasada há dois meses, a entrega do trecho entre as ruas Marechal Deodoro e Antônio Hafner – que corresponde à metade do prolongamento da Rua Humberto de Campos -, deve ocorrer somente no final de setembro ou início de outubro. O vilão da vez não é nem o mau tempo ou falta de dinheiro, e sim lentidão por parte da Setep, empresa responsável pelos trabalhos.
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O engenheiro técnico da Secretaria de Obras, Carlos Leite, diz que por conta de outros serviços, a empreiteira não disponibilizou máquinas suficientes para ter mais agilidade nos trabalhos, comprometendo o cronograma das obras. Já a empresa alega à prefeitura que não tem como seguir sem que as desapropriações dos terrenos esteja finalizada.
Hoje o prolongamento da Humberto de Campos está 36,5% concluído e, embora algumas das partes mais complicadas do projeto já estejam prontas – como é o caso de uma ponte sobre o ribeirão da Velha e outras duas travessias -, não será possível finalizar o serviço até abril de 2017. Para se ter uma ideia, em seis meses de trabalho, a obra andou o equivalente a 6,5%, número considerado baixo pelo município.
– A empresa não ajuda – afirma o engenheiro técnico da Secretaria de Obras, admitindo que o município cobrou pouco a empreiteira nos últimos meses. Ele garante que haverá um acompanhamento mais intenso daqui para frente. Procurada pela reportagem, a Setep preferiu não se manifestar.
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Somados, os investimentos do prolongamento, vindos de um financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e convênios com o governo estadual, chegam a R$ 67 milhões. Quase metade da quantia – R$ 30 milhões – estão garantidos e serão destinados às desapropriações. Até agora, cerca de 70 dos 105 terrenos já foram indenizados.
Obra pretende desafogar
trânsito na região da Velha
Quando finalizada, a obra terá 2,1 quilômetros de extensão e promete desafogar o trânsito nas ruas João Pessoa e Frei Estanislau Schaette. Isso deve facilitar o fluxo de veículos em duas das principais vias dos bairros Velha e Água Verde, acabando com engarrafamentos comuns em horários de pico. O prolongamento faz parte do projeto Corredor Oeste e, de modo geral, une a Humberto de Campos e a General Osório, na confluência com a Rua Tóquio.