Fechando a temporada de premiações anuais do cinema, o Oscar 2016, realizado no último domingo, dia 28 de fevereiro, foi democrático (com os principais troféus bem distribuídos entre os diversos filmes) e politizado (já que temas relevantes e polêmicos dominaram os discursos da noite) – e também musical: os astros Sam Smith, Lady Gaga e The Weeknd apresentaram as indicadas à categoria Melhor Canção Original; e Dave Grohl, líder do Foo Fighters, fez um bonito espetáculo cantando Blackbird, dos Beatles, em homenagem aos astros do cinema que nos deixaram no último ano.

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Lady Gaga, na véspera, aproveitou a ocasião para fazer uma participação em um show realizado em Los Angeles, ao ar livre, por Elton John. E a performance de Grohl deu o que falar: a imprensa internacional começou um rumor de que o Foo Fighters estaria se separando – e a banda respondeu na noite de quarta-feira, com um vídeo irônico e bem-humorado.

A semana toda seguiu nesse clima de casamento entre música e cinema. Foi divulgado o primeiro trailer de Nina, filme protagonizado por Zoe Saldana que, seguindo o sucesso do documentário What Happened, Miss Simone?, conta a história da cantora Nina Simone. O ex-Smiths Johnny Marr anunciou que vai acompanhar o compositor Hans Zimmer – de quem há anos já é na criação de trilhas sonoras – em sua primeira turnê pela Europa. Neil Young anunciou o lançamento oficial da comédia Human Highway, de 1982, que conta com sua participação; e também do show Rust Never Sleeps, gravado em 1979. E Björk lançou um mini-documentário com os bastidores de seu clipe Black Lake, que estreou ainda no ano passado.

Tivemos também retornos musicais de duas grandes cantoras: a brasileira Céu anunciou para este mês a estreia de Tropix, seu quarto álbum de estúdio, e lançou o single Perfume do Invisível; e a britânica Corinne Bailey Rae divulgou o clipe de Been To The Moon, que antecipa o que vem por aí em The Heart Speaks In Whispers, primeiro disco da artista depois de um hiato de cinco anos.

Já o Metallica, confirmado como embaixador oficial do Record Store Day 2016, vai lançar um trabalho ao vivo para ajudar as vítimas dos atentados realizados em Paris em novembro, e relançar, em versão de luxo, os álbuns Kill ‘Em All (1983) e Ride The Lightning (1984). O Steel Panther fez uma apresentação acústica e surpresa nas ruas de Londres, para divulgar o já lançado Live From Lexxi’s Mom’s Garage. E o Post Pop Depression, projeto de Iggy Pop e Josh Homme, lançou seu terceiro single, Sunday – na mesma semana em que Pop posou nu para uma aula de desenho da New York Academy of Art.

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E os Rolling Stones se despediram do Brasil, depois de duas semanas e quatro shows por aqui: o show em Porto Alegre, debaixo de chuva, fechou a turnê pelo país, com 18 hits apresentados para quase 50 mil fãs. A banda mostrou uma empolgação que foi mais que retribuída pelo público, que não se importou com o frio. Na saída do espetáculo, fica uma certeza: ver um show dos Stones é testemunhar uma parte vital da história do rock e da música como um todo – e essencial para entender por que tanta gente vota no grupo como a maior banda do mundo em importância. E, ao lado dessa certeza, fica outra, mais triste: a de que dificilmente, quando os Stones chegarem a um inevitável fim, vai existir um substituto à altura.

A turnê latina do grupo ainda segue para Lima e Bogotá, e terminaria oficialmente no dia 14 de março, na Cidade do México – mas, na véspera do show em Porto Alegre, a banda ainda anunciou um show gratuito em Havana, Cuba, no dia 25 deste mês. Será o primeiro show ao ar livre no país de um grupo de rock britânico. Os cubanos podem ter certeza: a espera vai valer a pena.

*A Mundo Itapema é uma coluna semanal em parceria entre a rádio Itapema e o DC. Toda sexta-feira você confere um resumo das notícias da rádio e do que aconteceu no mundo do entretenimento nos últimos dias.