O presidente da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP), o australiano Wayne Bartholomew, confirmou oficialmente nesta quinta, em uma entrevista coletiva na Praia da Vila, em Imbituba, que o Brasil vai sediar o Mundial Masters a partir do ano que vem.

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A competição será disputada em duas categorias: a Master, para surfistas com mais de 35 anos; e a Grand Masters, para os que tem mais de 45, como o próprio Bartholomew, que venceu a última edição, realizada em 2003, no Havaí, e também a de 2000, na França.

O dirigente não vinha há 20 anos para Santa Catarina. A última vez foi para competir no Hang Loose Pro Contest, na Praia da Joaquina, em 1986. Wayne ainda foi campeão mundial de 1978.

– Estamos discutindo este assunto com a ASP há praticamente um ano e a gente vai resgatar este evento que não é realizado há três anos – destaca o catarinense Teco Padaratz, que além da licença para realizar o Nova Schin Festival WCT Brasil, também obtém agora a do Mundial Masters. – O Wayne veio falar comigo um tempo atrás sobre a possibilidade do Brasil sediar o evento e desde então aquilo ficou na minha cabeça. Fui trabalhando alguns contatos e todas as pessoas foram superpositivas para a realização desta reunião dos grandes campeões que iniciaram a história do esporte.

– O grande glamour deste evento é que a maioria dos competidores é formada por grandes campeões mundiais como Mark Occhilupo, Tom Carroll, Tom Curren, Shaun Tomson, que fizeram a história do esporte e que agora têm uma oportunidade de alongarem suas carreiras. Aqui no Brasil, tem também o próprio Teco e o Fábio Gouveia, os primeiros brasileiros a competirem todo o circuito mundial. Como o número de inscritos é limitado, será tomado como base o total de pontos que estes surfistas acumularam nos rankings mundiais de cada temporada durante toda a sua carreira – contou Wayne Bartholomew.

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A competição é disputada no sistema round-robin, com cada atleta caindo na água quatro vezes e os oito que somarem mais pontos nas suas notas computadas avançam para confrontos homem-a-homem das quartas-de-finais, semifinais e final.

O Mundial Masters vai distribuir um total de US$ 100 mil. O lugar exato de onde será realizado o primeiro no Brasil ainda não foi definido, mas Teco Padaratz apontou algumas praias que reúnem todas as condições pretendidas pela ASP, que são a própria Vila; a Joaquina, em Florianópolis; Itamambuca, em Ubatuba; Maresias, em São Sebastião; Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha, Prainha, no Rio de Janeiro; Itaúna, em Saquarema. A data prevista para a disputa é maio ou junho do ano que vem.

O evento será itinerante, sendo realizado em um novo lugar a cada ano. Além disso, a premiação também vai aumentando. Em 2008 sobe para US$ 120 mil e em 2009 passa para US$ 140 mil. No momento, a etapa do Brasil é a única confirmada, mas podem haver um máximo de três etapas pelo mundo. O evento será promovido no Brasil pelos próximos 3 anos.