A “família handebol” vai ter que trabalhar muito para organizar e realizar pela primeira vez no continente o Campeonato Mundial de Handebol Feminino 2011, previsto para o fim de dezembro, no Brasil. As sedes dos jogos serão anunciadas apenas no dia 9 de abril e Santa Catarina deve receber os jogos em quatro das seis cidades candidatas.
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Família foi o termo usado pelo representante da Federação Internacional de Handebol (IHF), o esloveno Leon Kalin, para unir todos os envolvidos na organização do evento. Responsável pela comissão de organização de competições da IHF, Leon escolheu uma camisa vermelha para usar na reunião com representantes das cidades candidatas como alerta para a necessidade de agilizar o evento, inédito no continente americano.
– Estamos atrasados – diagnosticou Leon, após a série de vistorias iniciadas na semana passada em Curitiba e finalizada nesta segunda, dia 28, na Arena Multiuso, em São José.
Apesar disso, de acordo com o diretor de marketing da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Fabiano Redondo, os locais de competição vistoriados deixaram os representantes da IHF satisfeitos, embora todos deverão sofrer grandes adaptações.
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Uma das necessidade apontadas pela IHF é a climatização das arenas, o que poderá significar acréscimo no orçamento de R$ 12 milhões para realização do evento. Aguardo para a próxima semana, o anúncio das sedes será feito apenas no dia 9 de abril, após um encontro da sede da IHF, na Basiléia, Suíça. Algumas cidades ainda terão que responder a pedidos de informações feitos pela entidade.
– Seria prematuro e injusto se tomássemos essa decisão hoje – explicou Redondo.
Leon ainda pediu agilidade na recepção das seleções nos aeroportos, fluência em inglês para os integrantes das comissões locais de organização, internet em alta velocidade e até canais de televisão internacionais nos hotéis que receberão os atletas. Presidente da FME de Brusque, Marcelo Caviochiolo, participou do Mundial de 1995, na Islândia, e compreende as exigências:
– Sei como funciona, mas serve também para saber o quanto estamos defasados em relação as demandas para grandes eventos – completa.
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Calendário olímpico
De acordo com Leon Kalin, o Mundial Feminino no Brasil carrega a responsabilidade de manter o esporte no calendário olímpico, já que a modalidade só está garantida até os Jogos do Rio 2016. Em 2013, o Comitê Olímpico Internacional (COI) irá definir se o handebol permanece nas próximas duas olimpíadas (2020 e 2024). A outra responsabilidade é o de ser o primeiro grande evento no Brasil antes dos Jogos do Rio 2016.
Televisão para 130 países
O sueco Sven Harke, da UFA Sports, canal responsável pela transmissões oficiais do Mundial, visitou os locais dos jogos. De acordo com Sven, 130 países irão receber as imagens do evento que serão geradas pela Alfa Cam, empresa belga responsável pelas imagens geradas na Copa do Mundo da África do Sul. Países como Noruega, Dinamarca e Suécia, por exemplo, exibirão até 60 jogos do Mundial.
Frases
“Travamos uma luta diária para mantermos o handebol como esporte olímpico”
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Leon Kalin, da Federação Internacional de Handebol, sobre a necessidade do Mundial Feminino ser um sucesso no Brasil
” Serve para saber o quanto estamos defasados em relação as demandas para os grandes eventos”
Marcelo Caviochiolo, presidente da Fundação Municipal de Esportes de Brusque, sobre as exigências para sediar o Mundial.
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Audiência
200 Milhões de pessoas assistirão aos jogos ao vivo pela televisão Responsabilidade maior
Campeonato Mundial de Handebol Feminino
Quando: de 3 a 18 de dezembro
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Participantes: 24 Seleções
Candidatas a cidades-sede: Jaraguá do Sul, Brusque, Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú, São José e Curitiba (PR)
Data do anúncio das cidades-sede: 9 de abril
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Sorteio dos Grupos: 2 de julho