A Bühler, multinacional suíça, conta com 185 funcionários que trabalham na unidade joinvilense, que fica no Perini Business Park. Destes, 13 são estrangeiros: seis da Suíça, um da Alemanha, dois da Áustria, um da França, um da Argentina, um da Colômbia e um da Bélgica.

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Para lidar com tamanha diversidade, o gerente de recursos humanos, Sérgio Fernandes, explica que a empresa tem valores formados em todo o grupo que são alinhados e repassados mundialmente.

Para tirar o melhor proveito das equipes, segue a receita de informar, respeitar as diferenças culturais e saber lidar com as regras e as leis de diferentes países.

– É preciso respeitar assuntos sobre política e religião e focar no nosso negócio – afirma Fernandes.

Quanto mais próximo o país é do Brasil, menos diferenças costumam ser encontradas na cultura. O gerente de controladoria da Whirlpool Latin America, Fernando Abonvati, veio da Argentina com a esposa e os três filhos há quase três anos e considerou a adaptação fácil.

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Abonvati elogia a qualidade de vida, a proximidade das praias, o pensamento mais positivo das pessoas e a tranquilidade da cidade se comparada a Buenos Aires.

Ele sugere atenção ao trânsito, com aumento da sinalização. E brinca dizendo qual é a principal dificuldade na adaptação:

– Chove muito aqui – lamenta.

A mexicana Cecília Eguiluz, 34 anos, que acompanha o marido, profissional da Brunswick, acha curioso que, em Joinville, quando alguém pergunta se a festa estava boa, a referência é sempre a comida. E diz que é difícil fazer um lanche sem a presença de pão e fritura.

Acostumada a prestar serviço para estrangeiros em Joinville, a empresária Danielle dos Santos diz que muitos acham estranho consumir feijão como um prato salgado. Em vários países, o alimento é servido na forma de um doce.

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Asiáticos são os que mais têm dificuldade em se adaptar à alimentação, enquanto os europeus acham que os brasileiros falam e tocam nas pessoas demais. Todos acham complicado ir ao supermercado pela barreira do idioma.

Não encontrar pessoas que falem inglês nos estabelecimentos comerciais e de serviços é uma das principais queixas, segundo Danielle.