– Na BMW, os funcionários trabalham duro, mas podem ter a certeza de que a empresa também trabalha duro por cada um deles.
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Estas foram algumas das palavras da diretora de recursos humanos da BMW no Brasil, Betina Kraus, ao apresentar a empresa para um auditório lotado de candidatos a uma das vagas oferecidas pela multinacional alemã, durante a segunda feira de recrutamento da companhia, realizada no sábado passado, em Araquari.
Não há uma crise de emprego deflagrada, mas cerca de mil pessoas foram atraídas pela força e sedução da marca para uma espera de até três horas na fila até que os portões do Instituto Federal Catarinense fossem abertos para o preenchimento da ficha de inscrição.
Os primeiros chegaram às 6 horas da manhã. Em julho, cena semelhante foi vista em Joinville, na primeira edição da feira.
Pelo site, a companhia recebeu até agora 30 mil currículos. E este é apenas o começo. As 114 vagas abertas em 2013 representam menos de 10% das oportunidades de emprego na BMW até 2015, quando a primeira fábrica de veículos da marca no Brasil chegará à capacidade plena em Araquari.
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Na fila, mais do que documentos e um currículo cuidadosamente revisado, os candidatos carregavam a expectativa de conquistar um grande emprego. Quem sabe, o emprego dos sonhos.
Mas o que significa trabalhar na BMW?
É certo que, em uma região onde a mão de obra especializada no setor automotivo é quase inexistente, significa que o funcionário passará por uma grande carga de treinamento para alcançar o nível de excelência exigido pela companhia.
Globalmente, a empresa também se caracteriza pelo baixo turnover, explica Betina Kraus. Até mesmo na crise financeira mundial de 2008, a executiva afirma que a BMW conseguiu preservar muitos empregos.
– Não gostamos de contratar e demitir por causa da sazonalidade. Dimensionamos o quadro para aguentar a alta e a baixa demanda – afirma.
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A fabricante de carros de luxo chega com um discurso forte de qualificação e de valorização dos funcionários como chave para retenção.
Quando a produção começar, em setembro de 2014, a prática vai dizer se a BMW conseguirá reter seus trabalhadores – a alta rotatividade tem dado dor de cabeça aos empresários da região – e se suas políticas acabarão influenciando o comportamento também de outras empresas.