Os trabalhadores do transporte coletivo fizeram sua oitava paralisação do ano ontem, chegando a 61 horas de parada.

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A principal reivindicação é a redução do intervalo, que hoje é de uma hora, além do pagamento do vale alimentação, que está atrasado, e dos dias parados em junho. O sindicato patronal diz que não atende tais demandas por insegurança jurídica.

No dia 8 de julho os trabalhadores comemoraram o julgamento do dissídio. Após aquela data houve mais quatro paralisações sem aviso. Uma péssima surpresa para Maria dos Santos Ribeiro. A idosa ficou sentada no Ticen por duas horas, à espera da linha Rio Tavares. Ela era a primeira de uma fila com mais de cem pessoas. Há 16 anos na Capital, já enfrentou cerca de 388 horas de paralisação de ônibus.

– Eles estão no direito deles, mas nem avisaram – comenta.

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Ônibus multados

Os motoristas precisaram retirar os ônibus que impediam a circulação na entrada do terminal. A PM e a Guarda Municipal multaram os veículos nesta situação.

Multa diária de R$ 50 mil O Procurador Regional do Trabalho, Alexandre Fontoura Freitas, protocolou no TRT-SC medida cautelar incidental no dissídio coletivo. Os dois sindicatos – dos trabalhadores (Sintraturb) e das empresas (Setuf) – devem garantir que não ocorram mais paralisações-relâmpago, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 50 mil.

De acordo com o procurador, as paralisações se constituem em greve sem o aviso-prévio. Como já existe uma decisão na justiça, são consideradas pela lei como abusivas.

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Mais de 200 notificações

A prefeitura fez mais de 200 notificações às empresas sobre o atraso nos horários – cada uma no valor de R$ 127,69. Um prejuízo para as empresas na ordem de R$ 25,5 mil, em duas horas.

– Notificamos o MPSC e o TRT ,relatando a situação, que é ilegal – diz Vinicius Cofferri, diretor de operações da Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais da prefeitura de Florianópolis.