Casais viajando de moto são uma febre no Brasil. Não há estimativas ou números oficiais, mas há vários motoclubes formados por maridos e mulheres. Em geral, elas vão na garupa. Mas existem casais pegando a estrada em motos diferentes.

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– A viagem acaba se tornando mais prazerosa e segura. Tenho certeza de que muita gente que viaja na carona iria se divertir muito mais no comando de uma outra moto – analisa o motociclista Humberto Lague, que há mais de 30 anos percorre estradas em duas rodas.

Na década de 90, na maior parte das vezes Ana Cristina Lague viajava na garupa. Eventualmente, os dois ainda trafegam assim.

Mas, em roteiros mais distantes, a dupla trafega em dois veículos.

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– Sempre gostei de andar de moto. A gente achava mais prático ir numa só, mas descobrimos que, cada um na sua, tem lá o seu valor. Cansa bem menos, pois ir sozinha é mais confortável. E quem vai na garupa não tem quase nada para fazer durante as viagens, que acabam se tornando um pouco monótonas – conta Ana Cristina.

Perdas e ganhos na estrada

Claro que rodar em duas motos acaba se tornando mais caro, devido ao consumo de combustível. Porém, além do conforto, os usuários ganham a segurança de que, caso um dos veículos apresente problema, será possível rodar com o outro até algum lugar e pedir ajuda.

Sintonia é fundamental

Dica de Humberto: as motos devem ter motor semelhante. Por isso, ele e Ana, respectivamente, viajaram com as bicilíndricas Honda Transalp 700 e BMW F 650GS.

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– Se uma delas for muito mais rápida, por mais que o condutor tenha boa vontade, o passeio pode se transformar em um inferno. Numa esportiva, devido à posição de pilotagem o condutor se cansa muito para ir devagar e acompanhar uma street de 150cc – exemplificou.

A viagem deles, no último mês de junho, foi para Foz do Iguaçu (PR), na comemoração do aniversário do motoclube BMW Riders. Conforme Humberto, apesar de a moto alemã ter mais cavalos (75 contra 60), o comportamento de ambas permite “sintonia” no asfalto