O espelho reflete músculos desenhados em um corpo escultural, mas sem exageros. A feminilidade é evidente. O cabelo está sempre bem cuidado e as unhas, impecáveis. A comerciante Caroline Cadore, a Carol, 34 anos, e a amiga personal trainer Naiara Schubert, 31, sempre tiveram o corpo em dia, mas embarcaram em um mundo bem diferente há pouco tempo: o do fisiculturismo.

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Sim, elas têm corpos definidos, força e fazem poses para destacar os músculos -como nos concursos que vemos na televisão. Mas nada exagerado. Elas não são masculinizadas. Pelo contrário. Na competição, se encaixam na categoria biquíni, onde o que importa é a feminilidade, a beleza e, principalmente, a delicadeza.

Carol e Naiara começaram no esporte de forma diferente. Ambas já eram adeptas da malhação, mas Caroline sonhava desde menina em ter o corpo das fisiculturistas americanas. Ela, que malha desde os 16 anos, não ficava um dia longe da academia. Nem nas férias.

– Eu tinha um corpo bonito, ficava três horas malhando todos os dias, mas não obtinha o resultado desejado. Achava que quanto mais eu me exercitasse, mais resultado eu teria.

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Depois da gravidez, há cinco anos, a blumenauense engordou, chegou aos 80 quilos e até chegou a eliminar o peso extra. Mas só conseguiu obter o corpo ideal no ano passado, quando conheceu o método 12th Week Transformation, sistema de exercícios e nutrição de 12 semanas. Eliminou 15 quilos. Foi de 68 para 53 quilos. O resultado foi tão positivo que, ao participar pela primeira vez do Campeonato Catarinense de Fisiculturismo (IFBB) na categoria biquíni acima de 1,63m, levou o primeiro lugar ao concorrer ao lado de competidoras experientes.

Exemplo de superação

Ao contrário de Carol Cadore, para a blumenauense Naiara Schubert, 31 anos, o fisiculturismo nunca foi um sonho, mas uma consequência do trabalho como personal trainer. Ela já tinha um corpo idealizado por muitas mulheres, pesava 57 quilos e tinha uma rotina de malhação, mas assim que decidiu participar do Campeonato Sul Brasileiro de Fisiculturismo, fez dieta, se preparou e subiu no palco da competição com 48 quilos.

O resultado: ficou em 3º lugar. O que poucos sabem é que Naiara foi diagnosticada com esclerose múltipla em 2009 e foram os exercícios físicos que a ajudaram a superar a doença que afeta o sistema nervoso central. Ela conta que não conhecia a esclerose múltipla até ter um surto de visão turva e perder o tônus muscular do lado esquerdo do corpo e a audição no ouvido esquerdo:

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– Foram oito dias de internação até que comecei a apresentar melhora. Depois disto, fiquei outros oito dias em casa e voltei à rotina de trabalho. Os médicos que tinham pedido para maneirar na atividade física acabaram incentivando o exercício, que fez com que o meu corpo se reabilitasse mais rápido.

Confira a reportagem completo na Viver! do Jornal de Santa Catarina deste fim de semana.