O aeroporto de Manchester, no norte da Inglaterra, registrou o primeiro caso britânico de resistência ao uso de scanners corporais, que estão sendo instalados em vários terminais aéreos de todo o mundo para diminuir os riscos de atentados.
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Segundo a imprensa britânica, duas muçulmanas que pegariam um avião para Islamabad, no Paquistão, se recusaram a passar pelo aparelho. Uma delas alegou motivos religiosos. A outra disse que, por razões médicas, não poderia se expor. Por causa da recusa, os seguranças do aeroporto proibiram as duas de embarcarem.
De acordo com o tablóide Daily Express, cada uma perdeu as 400 libras (cerca de US$ 600) que pagou pela passagem.
Primeiras pessoas no Reino Unido a não entrarem no avião por não passarem no scanner, as muçulmanas foram escolhidas ao acaso. Os oficiais que proibiram as duas de embarcar se defenderam dizendo que se limitaram a cumprir lei e que as mulheres não reclamaram do fato de terem perdido o voo e o bilhete.
No entanto, organizações de defesa dos direitos civis disseram que o incidente poderia ser utilizado nos tribunais para demonstrar a ilegalidade dos Rapiscan, como são conhecidos os scanners corporais dos aeroportos. O advogado Alex Deane, da organização Big Brother Watch, uma das que se opõe a este tipo de revista, se ofereceu para representar as duas mulheres nos tribunais.
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– As pessoas não deveriam ter de sacrificar sua saúde, sua fé, sua dignidade ou sua intimidade para poder voar – disse Deane.