Um grupo de cinco mulheres foi indiciado por xenofobia em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, após discriminar e atacar nordestinos pelas redes sociais durante o primeiro turno das Eleições 2022. Segundo a Polícia Civil, os comentários foram feitos via WhatsApp. Em depoimento, elas confessaram o crime.
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Conforme o delegado responsável pelo caso, Jorge Giraldi, o pedido de instauração do inquérito foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que recebeu a denúncia. Em áudios compartilhados com a polícia, as mulheres afirmavam que dariam “uma sova” nos nordestinos.
Durante depoimento de ambas, segundo a polícia, as envolvidas afirmaram que fizeram os comentários por conta da eleição, mas que “não possuem nada contra o povo nordestino”.
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Conforme o que concluiu o delegado, durante as conversas não houve menção às eleições, o que deixa explícito os ataques xenofóbicos.
De acordo com a polícia, uma professora, que estava no grupo, saiu da conversa assim que recebeu as mensagens criminosas. Das indiciadas, uma é natural de Laguna, outra de Forquilhinha e outras três de Criciúma.
O crime de xenofobia tem pena de até cinco anos de prisão. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público.
Com supervisão de Raphaela Suzin
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