Com unhas compridas pintadas de rosa pink, a engenheira civil Fernanda Schuch Strunck, de 26 anos, combina o esmalte com os tênis de corrida, comprados em fevereiro deste ano, data em que se matriculou em uma assessoria de corrida, em Florianópolis. Assim como a maioria dos novos praticantes, Fernanda imaginava não ser capaz de participar de uma competição de corrida _ até que, três meses depois, ficou em quarto lugar geral, na categoria feminina, no Mountain Duo da Praia do Rosa.

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Sem intenção de largar o esporte, ela hoje incrementa o número de mulheres corredoras em SC, que ultrapassa o de homens. Segundo a Associação de Treinadores de Corrida do Estado, elas representam 53,3% do público que corre em Florianópolis. Mas o predomínio de mulheres nas corridas não é exclusivo à Capital. Carine Schneider, professora da Educative Runners, de Balneário Camboriú, conta que o grupo de corrida que coordena, com mais de 70 alunos, também tem mais mulheres do que homens.

O presidente da associação, Dilnei Bittencourt, acredita que o público feminino está mais presentes nas corridas porque ouve mais os treinadores, sem se incomodar com o fato de ter alguém direcionando os treinos.

Quem concorda com a afirmação não é a engenheira civil, mas seu marido, Bruno Strunck, de 40 anos. Corredor há mais tempo do que a esposa, não participa de nenhum grupo de corrida porque gosta de fazer o seu treino. Mas, assim como Fernanda, vê nas assessorias uma forma de conhecer novas pessoas e ter mais vontade de correr.

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O apelo social é ressaltado por Fabiano Braun, da Floripa Runners, como um dos atrativos que faz com que as mulheres recorram às assessorias esportivas para a prática do esporte. No seu grupo, 70% dos corredores são, na verdade, corredoras.

– A corrida traz benefícios a curto prazo, especialmente para as mulheres, pela rápida perda de peso, melhora na autoestima e pelo incentivo ao relacionamento com outras pessoas.