Depois de passar por inúmeros médicos, nutricionistas e dietas mirabolantes, Josefina da Silva Garghetti decidiu fazer a cirurgia bariátrica, conhecida como redução do estômago. Assim como ela, 75% das pacientes que fazem o procedimento via Sistema Único de Saúde, em Jaraguá do Sul, são mulheres.
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A fila estava parada desde 2007, mas a Secretaria de Saúde reativou a parceria com o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville, em maio do ano passado para atender a demanda. Por mês, oito pacientes são encaminhados para avaliação na cidade vizinha. Atualmente, cerca de 80 pessoas esperam para iniciar o atendimento pré-operatório.
– São em torno de dois anos de preparação para a cirurgia, quando os pacientes têm que mudar os hábitos alimentares e se preparar para as mudanças no corpo que também afetam o aspecto emocional. Também é preciso se encaixar em níveis de massa corpórea – explica a técnica de regulação da Secretaria de Saúde, Elisabeth Espanhol Bachmann.
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Elisabeth comenta que a redução do estômago deve ser a última alternativa para quem não consegue perder peso e está obeso. Por isso, a pessoa passa por diversos médicos, exames e preparatório para mudar de vida. E só faz o procedimento quem tem mais de 18 anos. O número de pacientes encaminhados não é o número que realiza a cirurgia, porque muitos desistem no meio do preparatório, segundo ela.
Elisabeth acredita ainda que a vaidade feminina é um fator para mais mulheres procurarem o procedimento.
Mudança
Em 2012, Josefina cansou de ir a médicos ou nutricionistas. Com apoio da família, ela teve que passar por seis médicos e perder 17 quilos para fazer a cirurgia. Josefina tinha 118 quilos e 1,60 metro e, hoje, com 51 anos, está com 55 quilos.
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– Meu colesterol, diabetes e triglicerídeos estavam alterados. Depois da cirurgia, continuo tratando o lúpus, mas as demais alterações sumiram – revela.
Ela demorou um ano para se adaptar emocionalmente. A saúde física voltou ao normal rapidamente, mas ela continuava procurando por roupas tamanhas grandes ou extragrandes.
Josefina conta que antes sua geladeira era recheada de produtos industrializados. Hoje, ela compra mais legumes e vegetais. A caminhada se tornou uma fiel amiga e ela recomenda que as pessoas mudem seus hábitos antes de chegarem ao extremo.
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– Fiz a cirurgia e ocorreu tudo bem, mas somos avisados do risco. O importante é cuidar da alimentação desde sempre – revela.