Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que a obesidade entre os brasileiros aumentou 54% entre 2006 e 2012. Fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial, a obesidade também influencia o surgimento de problemas como a incontinência urinária e a cistocele, popularmente conhecida por bexiga baixa.

Continua depois da publicidade

A incontinência urinária é bastante comum e afeta de maneira significativa a qualidade de vida. Estima-se que 20% da população feminina acima de 40 anos apresente algum grau de incontinência urinária. A cistocele ocorre devido à perda da sustentação da bexiga feita pelos músculos e ligamentos da pelve. Um dos primeiros sintomas é a incontinência urinária.

– Em torno de 40% das pacientes com incontinência urinária apresentam algum tipo de prolapso vaginal – comenta o urologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Fernando Almeida.

Considera-se fator de risco mulheres cujo Índice de Massa Corporal (IMC) está acima dos 26.

– A relação entre obesidade e incontinência urinária foi notada quando pacientes emagreceram após a cirurgia de redução de estômago, relatando que não mais perdiam urina – explica o especialista.

Continua depois da publicidade

No entanto, se estiver caracterizada uma queda da bexiga, emagrecer não é o suficiente para solucionar o problema. Neste caso é necessário realizar cirurgia para sustentar a bexiga.

– Há diversas técnicas disponíveis, entre elas a inserção de uma tela que faz as vezes da sustentação muscular – conclui o médico.

Segundo Vasconcelos, o exame clínico é uma das principais formas de diagnóstico, podendo ser auxiliado por outros exames como estudo urodinâmico, ultrassonografia e ressonância magnética.