Uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que 28% das mulheres empreendedoras de Santa Catarina relataram não ter tido apoio de nenhuma entidade ao abrir um negócio no Estado. As informações são do g1.
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A pesquisa foi divulgada no final de 2023 e entrevistou 277 pessoas em Santa Catarina. Segundo o levantamento, as empreendedoras catarinenses gastam cerca de duas vezes mais tempo diário em cuidados com pessoas da família e com afazeres domésticos, se comparadas aos homens.
Lucia Cristiana Ribas Gomez, diretora administrativa financeira da TXM Methods, empresa que oferece suporte a empreendedores, diz que os números são influenciados pela carga desigual de responsabilidades que as mulheres ainda têm na sociedade.
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— Fica difícil equilibrar todas as suas atribuições com família, filhos, casa, trabalho, sendo o desafio de empreender uma jornada bem intensa e desafiadora, como todos sabem — diz.
Entretanto, Luciana percebe maior participação feminina no empreendedorismo a cada ano, com ênfase em Santa Catarina.
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— Essa mudança é gradativa, mas já apresenta reflexos bastante positivos, e aponta para um cenário com cada vez mais atuação feminina no empreendedorismo — informa.
Entre as ações praticadas para reverter esse quadro, na empresa onde atua, estão a realização de programas de capacitação, palestras, mentorias e oficinas, incluindo programas direcionados ao público exclusivamente feminino, como o Cocreation Social Lab Mulher.
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A empreendedora Cassiana Mendes é uma das empresárias que participou das atividades oferecidas pelo projeto. Ela afirma que a startup dela, a Ritualiza, é a primeira do país a trabalhar com cosméticos naturais de alto desempenho de forma personalizada.
— Eu sou farmacêutica, tenho mestrado e doutorado na área, mas nunca tinha empreendido. […] Sem dúvidas, não estaríamos no patamar em que estamos hoje sem o apoio de projetos e editais como esses — afirma.
Ela destaca que a rede de apoio em grupos de mulheres empreendedoras também a ajudou a criar conexões importantes, que acabaram virando parceiras, incluindo sua atual sócia, Natália Bráulio dos Santos.
SC tem a melhor posição no quesito
Apesar de serem menos apoiadas que os homens, que tiveram um percentual de 22%, Santa Catarina ocupa a melhor posição do Brasil no quesito. Em São Paulo, por exemplo, 57% das empreendedoras afirmaram não ter tido suporte de entidades ao abrir um negócio, o maior número do país.
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Confira o ranking, de acordo com o Sebrae
- SP – 57%
- PB – 54%
- MG -55%
- RJ – 53%
- RS – 52%
- MA – 52%
- AM – 50%
- BA – 49%
- CE – 49%
- AP – 48%
- MT – 46%
- RN – 44%
- GO – 44%
- SE – 43%
- DF – 42%
- PE – 42%
- PR- 42%
- PI – 41%
- MS – 40%
- RR – 39%
- AC – 38%
- AL – 37%
- RO – 36%
- TO – 34%
- SC – 28%
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