Depois de anunciar no início de novembro a escolha do comando da Secretaria de Educação no município por voto secreto entre os servidores públicos da pasta, a prefeitura de Biguaçu homologou nesta quinta-feira duas candidaturas: disputam o cargo as educadoras Ana Lucia Lima da Costa Pimenta Monteiro, especialista em assuntos educacionais na EBM Fernando Brüggemann Viegas de Amorim, e Kátia Roussenq Bichels, diretora do GEM Célia Lisboa dos Santos.
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A votação está marcada para 28 de novembro, no auditório do Centro Educacional David Crispim Côrrea, prédio da Secretaria de Educação (Semed), das 8h às 20h. Terão direito a votar todos os 280 servidores públicos efetivos em exercício nas unidades escolares e na Semed.
Para votar, será necessário apresentar documento oficial com foto e não será permitida a participação por procuração. A apuração dos votos ocorrerá logo após o término da votação (depois das 20h) e o resultado será divulgado pela comissão eleitoral da Semed.
A candidata eleita terá um mandato de quatro anos e fará a transição ainda neste ano com posse em janeiro de 2017, sendo avaliada após seis meses à frente da pasta.
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Iniciativa inédita no Estado
A medida, inédita em Santa Catarina, é uma aposta da prefeitura para qualificar o comando da pasta e tirar o cargo da mão de políticos para que um técnico assuma o comando da educação biguaçuense.
Jorge Eduardo da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Prefeitura de Biguaçu, acredita que a iniciativa é positiva porque o futuro secretário será uma pessoa que conhece as necessidades educacionais do município, bem como as particularidades da cidade, além de tirar a pasta de “partidos”. O salário bruto gira entre R$ 6 mil e R$ 7 mil.
— É uma maneira de empoderar o servidor público e sai do vício de escolher o nome da função por causa do partido. Outra vantagem é que o servidor escolherá outro servidor e vamos ter alguém da educação para cuidar da educação — avalia.
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Já o prefeito Ramon Wollinger, autor da medida, aponta que deseja a educação sendo administrada por “técnicos”.
— De seis meses em seis meses irei avaliar o titular, e se ele não preencher alguns requisitos, nomearemos outro nome. O vencedor será escolhido por uma comissão eleitoral, que terá três representantes do poder Executivo, um do Legislativo e outro do Sindicato — explica Ramon, que espera despachar com a nova secretária já a partir de dezembro.