Meninas de patins num circuito oval, trombando umas nas outras, impedindo que alguma delas se distancie do pelotão, que vira um emaranhado de pernas e braços. É a primeira impressão de quem acompanha o roller derby, esporte que ganha espaço entre jovens e há um ano chegou a Blumenau.

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Há até um time aqui: o Iron Ladies (damas de ferro, em inglês). Com um pouco de paciência para entender o regulamento, você pode perceber que, como dizem as próprias atletas, é um esporte democrático, apesar de ser predominantemente praticado por mulheres.

– Eu voltava de viagem ao Canadá, em 2010, e vi um filme chamado Garota Fantástica, sobre o roller derby. Foi quando conheci o esporte. No ano passado criei uma liga e surgiu o time – conta Laryssa Martins, 22 anos, capitã e fundadora.

O Iron Ladies Roller Derby completou um ano em maio e conta com 15 garotas que se reúnem aos sábados à tarde no ginásio da EBM Machado de Assis, na Itoupava Seca, para praticar o esporte.

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É uma criação dos norte-americanos na década de 1930, que caiu no ostracismo nos anos 1970 e voltou com tudo no início deste século. No Brasil há equipes em quase todos os estados. Em Santa Catarina as meninas de Blumenau são as únicas.

– Nossa ideia é buscar competições. Pensamos em criar uma liga sul-brasileira, já que há equipes no Paraná e no Rio Grande do Sul – diz Laryssa.

À procura da quadra ideal

A maior dificuldade foi encontrar um lugar para treinar. A capitã diz que muitas quadras recusaram com medo de que o patins riscasse o piso. Para levar a modalidade mais a sério, buscam um novo lugar, já que a quadra atual é pequena. O objetivo agora é difundir o roller derby.

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Laryssa comenta que algumas meninas usam os treinos como lazer, mas a maioria tem interesse em participar de competições. E por isso ela faz o convite:

– Para praticar basta ter vontade, independentemente do tipo físico ou da idade.

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