A decisão por ter filhos é cada vez mais adiada entre as mulheres catarinenses. Se em 2005 quase um terço (27,86%) dos nascimentos em Santa Catarina envolvia mães com idade entre 20 e 24 anos, uma década depois é possível observar um crescimento expressivo da participação de parturientes pertencentes a grupos etários mais experientes: 30 a 34 (22,4%) e 35 a 39 anos (11,4%).

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O fenômeno da gravidez tardia, que mostra um envelhecimento no padrão de filhos nascidos vivos das mulheres catarinenses, repete-se em praticamente todo o país. É o que indica o levantamento Estatísticas do Registro Civil 2015, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira.

Em uma análise dos nascimentos em 2005, 2010 e 2015, percebe-se uma progressiva mudança na idade com a qual as mulheres têm filhos. Em 2005, o padrão da curva dos nascimentos era eminentemente jovem, com mais de 30% dos nascimentos em casos de mães entre 20 e 24 anos.

Em 2010, nota-se uma diminuição relativa dos nascimentos desse grupo e aumento dos nascimentos de mães que tenham entre 25 a 29 anos. Os dados de 2015 também evidenciam o aumento da representatividade dos nascidos registrados de mães do grupo etário 30-39 anos em relação aos demais anos analisados, com relativa redução dos registros de filhos de mães em idades mais jovens.

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SC tem o 3º menor percentual de registros de nascimentos tardios do país

Em 2015, foram registrados 96.822 nascimentos ocorridos em 2015, um aumento de 4,32% em relação a 2014. Em um intervalo de nove anos, o percentual de registros tardios (efetuados até 3 anos após os nascimentos) caiu de 6,15% (2003) para 0,86% (2012). São Paulo apresenta o menor percentual de registros de nascimentos tardios do país (0,48%), seguido pelo Paraná (0,52%) e Santa Catarina (0,55%).

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